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Felipão pede fim de 'frescuras' entre dirigentes e pacificação; jogadores evitam política

Felipão acha que as várias forças políticas do Palmeiras precisam se unir em prol do clube - Cesar Greco/FotoArena/Folhapress
Felipão acha que as várias forças políticas do Palmeiras precisam se unir em prol do clube Imagem: Cesar Greco/FotoArena/Folhapress

Paula Almeida

Em São Paulo

11/01/2011 12h01

Às vésperas da eleição presidencial, marcada para o próximo dia 19, o clima nos bastidores do Palmeiras não é dos melhores. As maiores dificuldades se encontram dentro da própria situação, que rachou e criou duas chapas distintas, uma encabeçada por Salvador Hugo Palaia e outra por Paulo Nobre, deixando o candidato da situação, Arnaldo Tirone, como favorito no pleito.

As acusações entre os candidatos e a instabilidade entre os conselheiros têm irritado o técnico Luiz Felipe Scolari. Para ele, está na hora de os dirigentes pararem de “frescura” e pensarem apenas no bem do Palmeiras.

“Tem que parar com as frescuras. Os três são candidatos. O nosso presidente não pode comparecer, mas os dirigentes têm quer vir, aqui é a casa deles”, esbravejou Felipão ao falar de possíveis reclamações por Nobre e Palaia terem visitado o CT nos últimos dias. “Tem que pensar em reorganizar o Palmeiras”.

Na opinião de Scolari, que já se reuniu com os três candidatos para conversar sobre as intenções de cada um, só uma união entre todas as forças do clube ajudará o Palmeiras a sair da atual situação, sem títulos de peso recentes e com uma grande dívida - mais de R$ 130 milhões, especula-se.

“É hora de o Palmeiras olhar os outros clubes em que todos se unem em torno de um ideal maior, que é o clube. Senão, vamos continuar errando”, disparou. “O clube não pode ser de um, tem que ser de todos, está na hora de deixar a política de lado. Esqueçam as vaidades e formem um Palmeiras bom para o futuro”.

Ao contrário de Felipão, que apesar de não revelar apoio por nenhum candidato mostra-se preocupado com as eleições, os jogadores tentam deixar de lado a política do clube.

“Não adianta a cada ano lamentar que a briga política atrapalhe”, afirmou Deola sobre o fato de as eleições serem justamente em janeiro. “Lógico que pode dar uma atrapalhada, mas a partir do momento que todos remarem para o mesmo lado, as coisas vão se acalmar”.

Valdivia, que já teve problemas com atuais dirigentes do clube, principalmente o diretor de futebol Wlademir Pescarmona, também mantém-se alheio ao processo. “Isso não é meu problema. Quem ganhar, se ajudar o Palmeiras, será bem vindo”.