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Danilo dispara contra Pescarmona e se junta a 'medalhões' contra dirigente

Do UOL Esporte

Em São Paulo

13/01/2011 07h01

Depois de Valdivia, Kleber e Marcos Assunção terem divergências públicas com o atual diretor de futebol do Palmeiras, agora foi a vez de Danilo disparar contra Wlademir Pescarmona. Em entrevista após o amistoso de quarta-feira contra o XV de Piracicaba, o zagueiro reclamou de declarações do dirigente.

JOGADORES SE IRRITAM COM DIRETOR

  • Fernando Santos/FI

    Danilo (f) ficou insatisfeito com Pescarmona, que supostamente teria dito que ele recebe salário alto

  • Andre Vicente/Folha Imagem

    Danilo se junta a jogadores do time como Marcos Assunção (f) que também já criticaram o dirigente

Quando questionado sobre o fracasso de sua possível ida para o Bari, da Itália, o beque mostrou insatisfação e fez críticas ao cartola, que negou que o clube europeu tenha feito alguma proposta oficial.

“Eu queria saber quem está pegando metade do meu salário, porque falaram que eu estou ganhando um salário alto”, reclamou à Rádio Globo Danilo, que perguntado sobre quem deu tal declaração, não hesitou. “Foi o nosso diretor. Alguém falou que o Palmeiras tinha que cortar gastos, por isso que ia negociar eu, Edinho e Pierre, mas então eu quero saber quem está com metade do meu salário, porque eu não estou ganhando tudo que falaram”.

Desde que assumiu o cargo de diretor de futebol em setembro, quando Salvador Hugo Palaia passou a ocupar interinamente a presidência do Palmeiras, Pescarmona deu declarações públicas que irritaram os jogadores do clube alviverde.

O primeiro a entrar em rota de colisão com o diretor foi o atacante Kleber, censurado com o restante do elenco por ter reclamado publicamente de salários atrasados e pela derrota na semifinal da Copa Sul-Americana diante do Goiás. Em seguida foi a vez de Marcos Assunção, que defendeu o ‘Gladiador’ e criticou Pescarmona.

O grande atrito, porém, ficou por conta de Valdivia. Além da cobrança após o fiasco na Sul-Americana, o meia chileno se irritou quando Pescarmona afirmou que só ele não teria assinado uma carta de recomendações que previa multa de 40% caso ele participasse de algum tipo de atividade física durante as férias. Valdivia ficou bravo porque apenas ele recebeu o documento e disse se sentir desrespeitado. Os dois passaram a trocar farpas publicamente, e a permanência do meia no Palmeiras chegou a estar ameaçada.

Os problemas entre diretoria e elenco se tornaram constantes nos últimos meses, e o próprio Valdivia insinuou recentemente que um dos motivos para o fracasso alviverde na temporada passada foi a falta de apoio dos dirigentes.

“O Arce [ex-lateral do Palmeiras que fez uma visita ao clube na semana passada] falou ‘Poxa, a gente não tinha um ônibus na nossa época’. E eu respondi ‘Mas vocês tinham um time vencedor e uma diretoria que acreditava em vocês’”, afirmou na última sexta-feira.

O clima de instabilidade nos bastidores do Palmeiras aumenta à medida que as eleições presidenciais se aproximam. O pleito será na próxima quarta-feira, dia 19, e três candidatos estão na disputa: Arnaldo Tirone Jr., membro da oposição, e Salvador Hugo Palaia e Paulo Nobre, ambos da situação mas que representam correntes diferentes.