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Copa-2022 no inverno desagrada COI e cartola do Qatar, apesar de pedido da Fifa

Das agências internacionais

Em Doha (QAT)

14/01/2011 08h50

Classificação e Jogos

A decisão ainda não foi tomada, mas a simples possibilidade de mudança de data da Copa de 2022, proposta pela Fifa, já gera declarações negativas do mundo esportivo. Nesta sexta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) se mostrou reticente quanto à alteração, enquanto um influente cartola do Qatar, sede do evento, foi ainda mais duro.

“Nós mandamos uma proposta sugerindo que estávamos prontos em junho e julho. E dissemos que vamos enfrentar todos os desafios. Nosso foco é começar em junho. Nunca foi do nosso interesse mudar sequer uma semana”, disse Mohammed Bin Hammam, qatariano que preside a Confederação Asiática de Futebol, em entrevista à Sky News.

O dirigente é um opositor de Joseph Blatter, que na semana passada oficializou o interesse da Fifa de mudar a data da Copa de 2022. Bin Hammam, no entanto, não é o único a discordar da sugestão dada pela entidade-mor do futebol.

“Nós não tivemos nenhum contato com a Fifa porque essa ainda é uma situação hipotética. Seria sensível da parte da Fifa sentar-se à mesa para ver se isso não vai ser prejudicial a uma das partes”, disse Jacques Rogge, presidente do COI, referindo-se à entidade que comanda.

A preocupação de Rogge tem a ver com os Jogos Olímpicos de Inverno, que tradicionalmente acontecem nos anos de Copa, nos meses de janeiro e fevereiro. Uma alteração nas datas do Mundial no Qatar poderia criar uma proximidade indesejada entre as duas competições.

“As datas originais para a Copa do Mundo são de meio de junho até o fim de julho. É isso que está nos documentos. A Fifa escolheu fazer o Mundial em estádios com ar-condicionados”, disse Rogge.