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Torcida aparece em eleição presidencial do Palmeiras, critica candidatos e pede diretas

Torcida do Palmeiras protesta durante eleição presidencial do clube - Paula Almeida/UOL Esporte
Torcida do Palmeiras protesta durante eleição presidencial do clube Imagem: Paula Almeida/UOL Esporte

Paula Almeida

Em São Paulo

19/01/2011 20h30

Não demorou para uma parcela da torcida palmeirense aparecer na noite desta quarta-feira na porta da Academia de Futebol, onde está ocorrendo a eleição para novo presidente do clube.

BELLUZZO: ARENA E PREJUÍZOS

  • Paula Almeida/UOL Esporte

    Em seu último dia como presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo esteve na Academia de Futebol para deixar seu voto para Paulo Nobre, que concorre com Salvador Hugo Palaia e Arnaldo Tirone, e concedeu sua derradeira entrevista coletiva no comando do clube.

    Após avisar que falaria pouco em razões de limitações físicas, Belluzzo participou de uma longa conversa com jornalistas e falou sobre seus dois anos de mandato. Criticado por deixar uma dívida grande para a próxima gestão, o mandatário voltou a dizer que os débitos são menores do que os especulados – R$ 90 milhões em vez dos R$ 130 ventilados na imprensa -, mas admitiu que a situação financeira do alviverde é complicada.

Cerca de 200 torcedores ocuparam parte de uma das faixas da Avenida Marquês de São Vicente com faixas. Nas camisetas, banners e cantos, um pedido: eleição direta.

“Olê olê olê olá, diretas já” e “diretoria filha da p., já está na hora de acabar com a ditadura”, foram algumas das músicas entoadas pelos torcedores, que não pouparam nenhum dos candidatos que estão na disputa e xingaram todos: Arnaldo Tirone, Paulo Nobre e Salvador Hugo Palaia. “Não é mole não, só tem bandido nessa nova eleição”, diz um dos cânticos.

Não é de hoje que a torcida pede eleição direta no Palmeiras. Atualmente, apenas conselheiros podem votar para presidente, enquanto os sócios votam para conselheiro. Há propostas para a mudança do estatuto.

Os três candidatos do atual pleito têm opiniões divergentes sobre a participação de sócios na eleição presidencial. Para Arnaldo Tirone, o Palmeiras ainda não está preparado para uma votação direta. Já Salvador Hugo Palaia acha que cada sócio interessado em votar deve passar por uma sabatina. Paulo Nobre, por fim, diz que o ideal seria uma eleição em dois turnos, com sócios e conselheiros votando no primeiro e os mesmos conselheiros votando no segundo turno.