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Físico de Ronaldo sai da meninice ao Fenômeno e acaba no sobrepeso

Do UOL Esporte

Em São Paulo

14/02/2011 14h03

Durante seus 19 anos de carreira, o atacante Ronaldo ditou regras e iniciou modismos. E um deles certamente foi no que tange a mudança de seu corpo, já que foi nítida a alteração física que o Fenômeno teve desde que surgiu no cenário nacional com a camisa do Cruzeiro em 1993.

RONALDO AOS 17 E AOS 34

Então com 17 anos e ainda sem o apelido que o marcou no futebol, Ronaldo era muito magro e franzino, e tinha a velocidade como uma das características principais, fato que acabou sendo alterado quando ele se transferiu para a Europa em 1994.

A transformação física se iniciou no PSV Eindhoven, na mesma proporção que surgiram os boatos de que Ronaldo havia tomado anabolizantes. Em outubro do ano passado, os rumores foram reforçados com o livro que o jornalista Enzo Palladini escreveu em que acusa o Fenômeno de ter se dopado, fato que foi veementemente rechaçado pelo jogador.

“Hoje saiu na imprensa que eu teria tomado anabolizante e tido um caso com a Kournikova. Esse cara está tentando aparecer faz tempo. Cara idiota!", rebateu Ronaldo no Twitter na ocasião.

O corpo avantajado deu a Ronaldo a possibilidade de brigar de igual para igual fisicamente com os fortes marcadores europeus, mas colaborou para que surgisse o problema que assolou a carreira do jogador: as constantes lesões, três delas muito graves.

Mas as lesões também fizeram aflorar uma característica muito marcante na trajetória de Ronaldo: a capacidade de se superar. Sempre que se machucou gravemente e foi ‘desenganado’ para o futebol pela opinião pública, o Fenômeno respondeu a altura, tendo como ápice a conquista da Copa do Mundo em 2002 com direito a ser o artilheiro da competição.

No dia em que oficializou a sua aposentadoria, Ronaldo falou sobre o assunto, e disse que não deveriam haver tantos jogos na temporada porque isso acaba sobrecarregando o corpo do atleta profissional.

  • Alexandre Vidal/Fla Imagem

    Ronaldo atuou no auge da plenitude física com a camisa do Barcelona na temporada 1996/1997

“Acho que os campeonatos não deveriam ter tantos jogos, porque a longo prazo você sofre lesões. Vejo em programas esportivos vários comentaristas e analistas se perguntando do porque das lesões. São muitos jogos sempre explorando o máximo do nosso corpo, buscando limite e isso não é saudável”.

Ronaldo também sofreu com outro problema relacionado ao corpo que atrapalhou sua carreira: o sobrepeso. Desde que chegou ao Corinthians, seu último clube, o Fenômeno poucas vezes conseguiu chegar no peso ideal, fato que prejudicou seu rendimento, fez com que ele virasse motivo de chacota dos rivais corintianos e ajudou para que o seu fim no futebol fosse antecipado.

De forma surpreendente, Ronaldo anunciou o motivo principal que o fez perder a batalha para o peso: o hipotireoidismo, doença que ele descobriu ter há quatro anos, quando ainda atuava no Milan, mas mesmo assim decidiu continuar jogando futebol.

“Minha decisão sempre foi voltada para o meu coração. O que para uma pessoa normal emagrecer já é difícil, para mim é mais ainda, porque o hipotireoidismo desacelera seu metabolismo. Sempre quis jogar, banquei todos os sacrifícios que tive que fazer”.