Mesmo sem 9, SP 'troca' defesa pelo ataque e tem 7ª melhor média de gols da elite
O São Paulo dos anos 2000 se notabilizou por zagas fortes, defesas bem postadas e número baixo de gols sofridos. Foi assim que conquistou o tricampeonato brasileiro entre os anos de 2006 e 2008 e chegou longe nas Libertadores que disputou. Mas agora a história é outra, e com mais uma goleada no último final de semana, o time subiu no ranking das melhores médias de gols da temporada.
Dos 20 clubes da Série A, apenas seis balançaram mais as redes do que o São Paulo (em números relativos), sendo que apenas um deles fez mais jogos do que o tricolor paulista e somente dois marcaram mais gols (em números absolutos). E nenhum outro paulista aparece entre os 10 primeiros.
Com os quatro tentos marcados contra o Bragantino no último sábado, a equipe do Morumbi confirmou sua nova fama de goleadora. Em 10 jogos neste ano, o São Paulo marcou três ou mais gols em seis oportunidades, e teve apenas uma vitória magra, um 2 a 0 sobre o Mogi Mirim. As outras três partidas foram justamente as três derrotas da temporada.
A mudança de perfil do time são-paulino não é apenas uma coincidência. Veio com os problemas recentes da zaga (saída de André Dias no ano passado e lesões de Miranda e Alex Silva em 2010 e 2011) e, principalmente, com a chegada do técnico Paulo Cesar Carpegiani, conhecido por formar esquadrões bastante ofensivos. Agora que a defesa, com três zagueiros, e o ataque, com três homens, parecem sincronizados, os gols saem com maior frequência.
“O Lucas, o Dagoberto e o Fernandinho fazem um trio interessante. Com o terceiro zagueiro, libera mais os demais jogadores. Não sei se encontramos o melhor futebol, mas encontramos a melhor formação”, reconheceu o goleiro Rogério Ceni após o jogo de sábado.
Curiosamente, o ataque tricolor começa a crescer de produção justamente no momento em que o clube prescinde de um camisa 9. Sem um centroavante de ofício desde a saída de Ricardo Oliveira, Carpegiani tem apostado na velocidade de jogadores como Dagoberto, Fernandinho, Marlos e Lucas, que têm dado conta do recado.
“Paguei meus pecados quando saiu o Ricardo Oliveira. O São Paulo tentou, mas foi uma pedida astronômica. Se eu tivesse o Lucas antes, já teria usado essa composição tática”, comentou Carpegiani. “A tendência para o time é quanto mais jogar junto cada um vai se conhecer melhor".
O São Paulo testará sua nova fama no domingo, às 16h, no clássico com o Palmeiras pela 10ª rodada do Campeonato Paulista. O rival, por sinal, tem status contrário, e com uma defesa extremamente forte, tem a segunda pior média de gols do ano entre os clubes da elite, mesmo liderando o Estadual.
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