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Inter adota prudência e ficará ao lado do C13 até a última instância

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

26/02/2011 07h31

O Clube dos 13 conta com um aliado no racha do futebol brasileiro. O Internacional ainda faz mistério, mantém tom político no discurso, mas seguirá ao lado da entidade. Os gaúchos resistirão ao máximo, só aderindo ao movimento capitaneado por Corinthians e os time do Rio de Janeiro quando não houver mais saída. A decisão de ficar do lado do C13 mantém a boa relação entre os cartolas vermelhos e Fábio Koff.

“Temos um relacionamento muito estreito com o Clube dos 13, vínculos importantes. Não vamos tomar uma decisão agora. Iremos apreciar o assunto”, definiu o 1º vice-presidente do Internacional, Luís Anápio de Oliveira, em contato com a reportagem. “Certamente não iremos sair intempestivamente como fizeram outros clubes. Talvez as evidências do futuro nos façam mudar de ideia, mas agora não vamos sair do C13, completou.

Outra figura da cúpula vermelha informou ao UOL Esporte: “O Inter vai ser conservador neste caso. A tendência é que fiquemos ao lado do Clube dos 13, até onde pudermos”. A manifestação oficial, porém, deve demorar. Tudo porque a próxima semana será agitada. O Conselho Deliberativo do Inter irá apreciar o projeto de parceria com uma construtora, para realização das obras do estádio Beira-Rio.

“Existem outros assuntos mais urgentes na nossa pauta. Então essa manifestação de apoio, ficará mais para adiante”, comentou o dirigente. Enquanto isso, o presidente Giovanni Luigi – membro da atual diretoria do Clube dos 13, pede calma. Mas dá indícios do 'lado' escolhido. “Vamos aguardar, agir com cautela e prudência neste momento. Ainda acreditamos que as coisas possam se resolver. Entendo que todos juntos tem um poder maior de barganha”, disse.

O bom relacionamento entre Clubes dos 13 e se baseia em um fato: Fábio Koff e Fernando Carvalho são amigos íntimos. Carvalho seria o sucessor de Koff no comando da entidade. Mas a antecipação da eleição do ano passado frustrou os planos da dupla. A forte ligação que já teria feito o ex-presidente do Grêmio entrar em contato e pedir o apoio público dos colorados. Mesma ideia que defendem alguns dirigentes no Beira-Rio. “O clube não pode ficar imparcial nesta história. Existe uma pressão pública sobre isso”, destacou o vice-presidente de serviços especializados, Luciano Davi.

Ainda no campo das possibilidades, o Internacional se mostra atento a um possível revés na condição do estádio Beira-Rio sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. “Se existem movimentos políticos, existem para os dois lados. Não estamos parados”, garantiu Luís Anápio, um dos integrantes da nova gestão que trabalha ativamente no projeto de remodelação do estádio.