Adilson Batista não suportou a pressão da torcida por bom futebol e deixou o Santos |
O técnico Adilson Batista foi demitido do Santos após os seguidos maus resultados e a forte pressão da torcida. A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa da equipe da Vila Belmiro. Marcelo Martelotte comandará o time nos próximos jogos.
Detalhe da faixa exposta em padaria em Santos que pedia Adilson fora; treinador acabou demitido
"O Santos agradece ao profissional pelos serviços prestados e ressalta a sua dignidade, lisura e caráter durante o tempo em que esteve no comando do nosso time, desejando toda a sorte em sua vida e carreira", disse o Santos, em nota oficial.
A decisão da diretoria surge um dia depois do time e o treinador terem sido muito vaiados após o empate por 1 a 1 com o São Bernardo, na Vila Belmiro. O Santos não vence há três jogos, caiu de rendimento em relação ao início avassalador e a pressão do público começava a ficar insuportável.
Os dirigentes reuniram-se na Vila Belmiro, neste domingo, e sacramentaram a ideia de demissão, amadurecida no último sábado. Adilson foi chamado para conversar à tarde e foi comunicado.
O desfecho não foi amigável. Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, confirmou que o clube terá de pagar a multa rescisória do treinador.
"A diretoria entendeu que era a hora de interromper. Sem dúvida, vamos cumprir com as nossas obrigações", disse o presidente, em entrevista à rádio Globo.
Durante a semana, o dono de uma padaria de Santos chegou a estender uma faixa pedindo a saída de Adilson após o empate sem gols com o Deportivo Táchira, fora de casa, pela Libertadores.
Só que as críticas a Adilson Batista não se resumiam aos resultados recentes. Os torcedores estavam insatisfeitos com a permanência de nomes como Maikon Leite e Zé Eduardo no banco de reservas. Além disso, não entendiam como a equipe que começou o ano encantando caiu tanto de produção.
Diretoria e jogadores, no entanto, pareciam alinhados com o técnico. Durante a semana, o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro chegou a falar em "longo prazo" ao defender Adilson. Já jogadores experientes como Léo e Elano pediram que a responsabilidade do técnico fosse dividida com o resto do elenco.
Esta é a segunda demissão traumática de Adilson em menos de seis meses. No ano passado, ele assumiu o comando do Corinthians após a saída de Mano, chegou a liderar o Campeonato Brasileiro mas viu seu time despencar na reta final. Em comum acordo com a direção, ele deixou o comando da equipe para a entrada de Tite, que segue no Parque São Jorge até hoje em dia.
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