Cerveja grátis e astros no metrô chamam atenção para a liga de futebol dos EUA

A 16ª temporada da Major League Soccer (MLS) tem início com a presença de astros como David Beckham e Thierry Henry, mas ainda tem o desafio de superar o preconceito e alavancar a popularidade do esporte mais praticado do mundo nos Estados Unidos. Os norte-americanos amantes do futebol estão se unindo com esse objetivo, e apelaram a uma medida curiosa. Veja a seguir alguns motivos para acompanhar a MLS, que começa nesta terça com o jogo entre Seattle Sounders e Los Angeles Galaxy, o time de David Beckham, a partir das 22h30 (de Brasília).

MOVIMENTO DA CERVEJA GRÁTIS TENTA AUMENTAR POPULARIDADE...

"Vamos construir o futebol norte-americano cerveja a cerveja". Este é o lema do Free Beer Movement, organização sediada no Texas que tem o objetivo de usar a paixão dos Estados Unidos pela cerveja para tentar alavancar a popularidade do futebol no país. A ideia é fazer com que os apaixonados pelo esporte paguem cervejas a quem nunca viu um jogo, para tentar atrair novos torcedores. O movimento tem o apoio do ex-jogador Alexis Lalas e do jornalista Grant Wahl (foto), que lançou uma candidatura de protesto à presidência da Fifa. Eles também são aliados do American Outlaws, grupo de aficionados por futebol que se uniu para acompanhar jogos da MLS e da seleção pelo país e pelo mundo. Saiba mais

... MAS NEM TODO MUNDO É A FAVOR DO FUTEBOL NOS EUA

Enquanto alguns apelam até à cerveja grátis para tentar aumentar a popularidade nos Estados Unidos, há aqueles que dizem saber por que o esporte não faz sucesso por lá, defendem a legitimidade desses argumentos e não têm vergonha de afirmar que odeiam futebol. Há até um domínio na internet chamado "Soccer Sucks" ("O futebol é uma droga"), que contém diversos tópicos que explicam o fracasso de audiência no país da bola oval. Entre os motivos apontados estão as suposições de que o futebol é um esporte "exclusivo para crianças", e de que a modalidade é "predominantemente homossexual". Saiba mais

ENQUANTO ISSO, NA MLS, JOGADORES VÃO EMBORA DE METRÔ

Logo depois de marcar em sua estreia pelo New York Red Bulls em julho do ano passado, o francês Thierry Henry resolveu se juntar aos locais e voltou para casa de metrô. "Era a maneira mais rápida de ir para o jogo. Foi uma experiência e tanto, mas foi tranquilo. É incrível ver os fãs e caminhar junto com eles para o estádio. Diria que a receptividade foi tremenda", explicou o atacante. No entanto, ele parece curtir a vida normal que leva na metrópole norte-americana, e não chega a ser tão reconhecido nos trens nova-iorquinos. Em outra ocasião meses depois, um torcedor mal acreditou quando encontrou Henry e o seu companheiro Rafa Marquez no metrô. Empolgado, o fã tirou foto com os dois e postou no Twitter.

BECKHAM PODE TER A SUA ÚLTIMA CHANCE DE TÍTULO NOS EUA

Se no Brasil ou nos países europeus já há resistência quanto à invasão estrangeira nas ligas, a presença de astros de outras nacionalidades é vista com bons olhos nos Estados Unidos, e por isso a MLS estuda até isentar os gringos do limite de salários para encorajar a vinda de mais nomes como David Beckham, o maior símbolo do campeonato norte-americano. O inglês está em seu último ano de contrato com o Los Angeles Galaxy, e espera se despedir com um título no time que tem o craque Landon Donovan e pinta como favorito.

LEGIÃO DE BRASILEIROS APOSTA NA MLS

Depois de nomes consagrados como Denílson, o futebol brasileiro segue sendo representado por pelo menos 14 jogadores na liga norte-americana. Entre eles estão: Stefani Miglioranzi (meia, Philadelphia Union), André Luiz (meia, San Jose Earthquakes), Ricardo Villar (meia, FC Dallas), Junior Carreiro (meia, DC United), Fred (meia, DC United), Jackson Gonçalves (zagueiro, FC Dallas), Bruno Guarda (meia, FC Dallas), Paulo Jr. (atacante, Real Salt Lake), Julio Cesar (zagueiro, Sporting Kansas City), Juninho (meia, LA Galaxy), Leonardo (zagueiro, LA Galaxy), Maicon Santos (atacante, Toronto FC), Paulo Nagamura (meia, Chivas USA) e Marcos Paullo (foto), meia do New York Red Bulls que falou ao Trivela sobre a honra de jogar ao lado de Henry e Rafa Marquez.

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