Quase dois meses depois de saída, vaga de Jonas ainda é disputada no Grêmio
Dentro de três dias a saída de Jonas do Grêmio completa dois meses. Pegando todos de surpresa, o goleador do Brasileirão 2010 trocou o Olímpico pelo Mestalla, estádio do Valencia. O time tricolor jogou Libertadores e Gauchão já sem o camisa 7, mas desde lá amarga a falta de um goleador. Muitos ocuparam o lugar desde a saída, mas nenhum se firmou. Ainda hoje, a disputa segue e a lacuna deixada pela transferência não foi completa.
MUITAS OPÇÕES, POUCAS SOLUÇÕES
Um dos primeiros testados, Viçosa recebeu críticas
Carlos Alberto não deve seguir como 2º atacante
Escudero marcou em sua primeira oportunidade
Inicialmente, a direção gremista pretendia uma grande contratação. O jogador para substituir Jonas teria que ser de mesmo porte, ou seja, viver grande momento. No entanto, encontrar tal atleta no mercado não foi fácil e o reforço acabou não acontecendo. Enquanto isso, os que já estavam no elenco se revesaram, mas nenhum com o rendimento do ex-atacante.
O primeiro a ser colocado na função foi Júnior Viçosa. Ao lado de André Lima, o ex-jogador do ASA-AL foi duramente criticado pelo técnico Renato Gaúcho. Constantemente entrando em impedimento, Viçosa ouviu sermões a cada treinamento, até que perdeu lugar.
Depois foi implantada a dupla Borges e André Lima. Com um começo ruim, sem marcar nos primeiros jogos, o par de centroavantes conseguiu se adaptar e passou a ter presença constante no placar. No entanto, a passagem de ambos juntos pelas funções ofensivas do Grêmio foi abreviada por uma lesão no joelho direito de André, que só volta a jogar dentro de dois meses.
Sem parceiro, Borges é absoluto. Na última quinta-feira, contra o León de Huánuco, pela Libertadores, o ex-são-paulino esteve sozinho na frente, com Carlos Alberto aparecendo eventualmente. Mesmo que tenha feito sua melhor partida pelo Grêmio, o meia esteve longe de se garantir como segundo atacante ideal.
Em meio a isso, Diego Clementino aparece. No entanto, o "talismã" não repete a fase iluminada do ano passado. Ainda sem marcar, Diego não vai bem e as oportunidades diminuem a cada atuação abaixo da média. Além dele, Lins também é parte do elenco, mas último na fila para jogar.
Neste domingo, duas novas opções surgiram. A primeira delas já era esperada: Damián Escudero. Contratado ainda em dúvida sobre atuar no meio ou no ataque, o argentino definiu que quer ser segundo atacante, e espera novas chances de Renato Gaúcho. Logo na primeira partida que começou como titular, contra o Porto Alegre, ele marcou o primeiro gol e teve grande atuação.
"O Escudero foi bem, faz parte do grupo, é como qualquer outro. As oportunidades vão surgindo e cabe a eles (jogadores) aproveitarem. Ele jogaria antes, mas estava no departamento médico. Depende muito do que vamos enfrentar", disse Renato Gaúcho sem garantir novas chances ao atleta.
A segunda opção válida é Vinícius Pacheco. Reforço, inicialmente, para o meio-campo, ele não conseguiu se adaptar à função pedida pelo comando técnico e solicitou ser utilizado mais na frente. Entrando nos minutos finais do jogo com o Porto Alegre, ele fez um belo gol, que deu números a partida: 3 a 0.
"Pedi para birgar por uma vaga no ataque. Não consegui me adaptar ao que o Renato pedia. Quero mostrar para todos que não vim passear aqui no Grêmio. Sei que tenho condições de render mais ali", prometeu o jogador.
Por hora, todas as alternativas parecem viáveis, mas nenhuma delas têm sequência garantida na equipe. Os treinamentos da semana mostrarão o que deve ser feito entre os titulares. O grupo gremista se reapresenta nesta tarde e inicia preparação para o duelo com o Inter de Santa Maria, marcado para quinta-feira, às 19h30, no Olímpico.
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