Topo

Rivaldo reclama de preconceito com idade e revela mágoa da Copa de 1998

Reforço do São Paulo aos 38 anos, Rivaldo acredita que existe preconceito com jogadores mais velhos no Brasil.  - Vipcomm
Reforço do São Paulo aos 38 anos, Rivaldo acredita que existe preconceito com jogadores mais velhos no Brasil. Imagem: Vipcomm

Do UOL Esporte

Em São Paulo

21/03/2011 09h26

Reforço do São Paulo para a temporada aos 38 anos de idade, o meia Rivaldo concedeu uma entrevista ao site da Fifa em que se queixa do preconceito no Brasil em relação aos jogadores mais velhos e revelou uma mágoa com a torcida pela derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998.

O jogador que teve passagens de sucesso por La Coruña e Barcelona, na Espanha, disse que existe um preconceito com jogadores mais velhos no país, e que quando ele é substituído por questões táticas, as pessoas já pensam que ele está cansado e não aguenta os 90 minutos de jogo.

“Depois de 15, 20 minutos do segundo tempo todos olham para mim. Se você pode treinar com o resto do elenco, então você pode jogar 90 minutos. Eu não tenho nenhum descanso extra porque tenho 38 anos”, defende-se Rivaldo. “As pessoas têm um preconceito com jogadores mais velhos e isso me incomoda”, afirmou o atleta, que elogiou a estrutura do São Paulo, dizendo que nunca havia jogado em um clube tão bem estruturado.

O jogador que foi um dos destaques da seleção no título da Copa do Mundo de 2002 também revelou certa mágoa com a torcida brasileira após a derrota no Mundial anterior, diante da anfitriã França.

“Foi minha pior derrota, especialmente com a quantidade de rumores que foram ditos depois da Copa. Chegou ao ponto que até minha mãe me perguntou se nós recebemos algo para perder aquele jogo. As pessoas não percebem quanto dói perder uma final”, revela Rivaldo.

O meia do São Paulo lembra que a equipe foi obrigada a ir até Brasília contra sua vontade para serem recebidos pelo presidente da República. “Segundo lugar não significa nada no Brasil. As pessoas nos vaiavam, nos xingavam e apenas dois ou três estavam aplaudindo” lamentou.