Mano aposta em psicólogo, mas põe Kaká e R. Gaúcho fora da Copa América

O técnico Mano Menezes afirmou que, se a Copa América fosse hoje, a seleção brasileira não teria os meias Kaká e Ronaldinho Gaúcho entre os convocados. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o treinador da equipe nacional justificou os recentes problemas físicos e técnicos da dupla como justificativa para uma possível ausência na competição que acontecerá em julho, na Argentina.

“O Kaká não está jogando no Real Madrid. Tive uma conversa com ele recentemente. O Kaká tem muito claro que só volta à seleção se estiver rendendo bem no clube. Não é o caso agora. Conversei com o Ronaldinho no jogo contra a Argentina, no fim do ano. Vamos esperar mais um pouco. Se as coisas evoluírem, sempre existe possibilidade. Ele sabe disso”, explicou o treinador da seleção brasileira.

Dessa forma, sem poder contar, pelo menos por enquanto, com as duas estrelas, Mano Menezes defendeu os testes realizados até aqui, apesar da sequência de duas derrotas (contra Argentina e França, ambas por 1 a 0). Um dos jogadores observados, inclusive, tem o mesmo agente do técnico (Carlos Leite), fato que, no entanto, não é um problema para o treinador.

“Todos os técnicos têm agentes e tenho que ser justo com o Renato Augusto. Na posição dele, estamos procurando jogadores que rendam bem. Eu preciso encarar as pessoas sempre pela seriedade e competência. Não posso pensar se o jogador tem esse ou aquele agente. Vou continuar me conduzindo assim. Sempre pensamos no Kaká e no Ronaldinho, que são jogadores brilhantes, mas não tenho certeza de como eles vão estar lá na frente. Por isso, tenho que aproveitar este momento para testar opções”, justificou Mano, que ainda destacou a necessidade de buscar novos destaques.

“Precisamos encontrar mais protagonistas na seleção. Vamos ter a volta do Ganso. Temos Neymar e Lucas, que chamaram atenção na [seleção] sub-20. Temos bom número de jogadores com perspectiva muito boa de se tornar protagonistas”, elogiou o treinador.

Apesar de já se preparar para o amistoso deste domingo, contra a Escócia, em Londres, o treinador mantém o foco na Copa América, principal desafio do técnico desde que assumiu o comando do time, em agosto do ano passado. Durante o torneio, por sinal, a seleção passará a contar com um psicólogo, promessa feita pela CBF logo após a derrota na Copa do Mundo da África do Sul.

“Penso em utilizá-lo quando definirmos o grupo. Vai ser bom para os confirmados para a Copa América. O jogador não pode achar que o trabalho do psicólogo vai tirá-lo da competição. À medida que você tem medo, você se retrai e fica mais complicado”, completou Mano Menezes.