Pré-temporada reduzida é explicação do Grêmio para série de lesões

O Grêmio iniciou a temporada 2011 no dia 4 de janeiro. Até o dia 14 foram realizados treinos de pré-temporada em Porto Alegre, ao contrário do que ocorria em anos anteriores quando a agremiação optava por levar seus atletas para cidades do interior. O período de aproximadamente 10 dias de preparação desagradou o técnico Renato Gaúcho, que esperava algo maior. Segundo o comandante, atualmente o número de lesões é reflexo do período curto sem jogos no início do ano.

Ao todo são seis jogadores que não poderão atuar contra o Juventude, nesta quarta-feira, às 20h, no estádio Alfredo Jaconi. Carlos Alberto, Escudero, Adílson, Rodolfo, Júnior Viçosa e Fábio Rochemback estão vetados por ainda sentirem alguma restrição física.

"O problema é o tempo que você tem para fazer uma pré-temporada que faz as lesões aparecerem lá na frente. Tivemos oito dias de pré-temporada. Então, o clube quando não tem o tempo suficiente, tem que atropelar as coisas. Tirar o máximo do jogador, que vem de 30 dias sem fazer nada e em oito dias tem que colocar o jogador 100%. Você não consegue, então, tem que atropelar algumas etapas que fatalmente vão estourar lá na frente. Se você tem, no mínimo, 15 dias para trabalhar a situação é diferente. Se você tem oito dias, começa a estourar, como está acontecendo agora. Mas temos conseguido levar essa situação", explicou Renato em entrevista coletiva.

Os desfalques não são novidade para o Grêmio na temporada. Raros foram os momentos em que todos os principais atletas estiveram disponíveis. Marcelo Grohe, Gabriel, Gilson, Bruno Collaço, Rafael Marques, Lúcio, Victor, Borges, Douglas, todos já ficaram fora de compromissos neste ano por algum problema.

A situação que mais preocupa é a do argentino Damián Escudero. Desde fevereiro, quando chegou no clube, ele já teve três lesões. A sequência entre os titulares, que completaria quatro jogos contra o time de Caxias do Sul, precisou ser interrompida devido as dores no tornozelo direito.

"É uma fatalidade. Ninguém machuca porque quer. Eu fui jogador e sei que a pior época para um jogador de futebol é quando ele está entregue ao departamento médico. Porque ele não pode jogar. Todo mundo quer atuar. As lesões foram uma infelicidade dele, pois agora estava recebendo as oportunidades. Vinha tendo uma sequência. Agora, ele teve esse problema no tornozelo. Fazer o que? Agora é continuar o tratamento e esperar ele ficar à disposição novamente", explicou Renato.

Com um time descaracterizado, a principal atração na noite desta quarta será Leandro. O jovem de apenas 17 anos vem crescendo a cada partida e receberá sua primeira chance desde o início do jogo. Victor; Gabriel, Rafael Marques, Neuton (Mário Fernandes) e Gilson; Fernando, Willian Magrão, Lúcio e Douglas; Leandro e Borges formam a provável equipe para o início do duelo.