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Famoso após golaço, neto de Pelé sonha em mostrar vídeo ao avô

Netos de Pelé, Octávio Felinto (dir) e o irmão Gabriel, que treinam no Paraná Clube  - Divulgação/Paraná
Netos de Pelé, Octávio Felinto (dir) e o irmão Gabriel, que treinam no Paraná Clube Imagem: Divulgação/Paraná

João Carlos de Santa

Em Curitiba

31/03/2011 11h23

Alçado à “fama” repentina após ter o vídeo de um gol divulgado na internet, o garoto Octávio Felinto Neto diz ter um sonho. Espera que a imagem do golaço, no qual dá um lençol em um zagueiro  e finaliza de cabeça, seja vista e comentada pelo avô, Pelé, a quem viu apenas uma vez, em seus 12 anos de vida.

Octávio é filho de Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto, morta em 2006, e filha do Pelé, que a reconheceu após uma batalha judicial, em 1996.

“Que neto não gostaria de conhecer seu avô? Ia ser legal ele ver o vídeo e comentar. O que ele comentasse ia ser ótimo, porque o que ele fala é lei” disse o pequeno atacante, em entrevista ao UOL Esporte.

O gol foi marcado há cerca de duas semanas, em um amistoso do time sub-13 do Paraná contra o Trieste, clube de Curitiba. O vídeo, feito pelo pai Ozéas, rapidamente se espalhou pela internet e as comparações com o avô famoso foram inevitáveis.

Devido ao parentesco ilustre, a fama não chega a surpreender, afirma ele, mas a repercussão do vídeo não era esperada.  “Já estou um pouco acostumado [com alguma fama] porque sempre teve, mas com o vídeo eu não esperava tanto. Eu gostei”, comenta.

Determinado a seguir carreira como jogador, ele diz que as comparações com Pelé não o assustam.  “Pra mim é mais uma coisa que acrescenta na vida. Isto pode me ajudar”, declara.

Por iniciativa do pai,  Octávio viu Pelé apenas uma vez, há cerca de dois anos. Acompanhado do irmão Gabriel, de 10 anos, ele foi recebido pelo avô, em um hotel, em Curitiba.

“Não existe contato algum. Ele apenas os viu por iniciativa minha, de levá-los para apresentá-los ao avô, quando ele esteve em Curitiba. Eu gostaria que houvesse uma aproximação, pelo lado afetivo das crianças, que conta muito”, comenta o pai.

Após a morte de Sandra Regina, a família seguiu morando em Santos, onde Octávio começou a treinar futebol, aos 3 anos de idade. Há cerca de dois anos, um amigo da família convidou-o, junto com irmão, para fazer um teste no Paraná Clube.

Aprovado, mudou com o pai para Curitiba, passou a integrar as categorias de base do clube paranaense e hoje joga no time sub-13. A determinação e boa técnica fazem seu treinador, Luíz Alexandre Silva, ver com otimismo seu futuro no futebol.

"É um atacante que finaliza bem. Se continuar jogando com a vontade e a paixão que demonstra, será um jogador profissional, com certeza", afirma.