Zé Luís revela que privilégios a Jobson incomodavam atletas no Atlético-MG
O volante Zé Luís revelou que foi dispensado pela diretoria do Atlético-MG por ter apontado algumas incoerências do técnico Dorival Júnior, em uma reunião com o grupo de jogadores e dois auxiliares do treinador, após a derrota para o Grêmio Prudente, por 2 a 1, em 31 de março. Entre os problemas apontados pelo jogador estava a indefinição de um time titular e o privilégio concedido ao atacante Jóbson.
“Disse que estava faltando ter mais coerência, algumas situações precisavam ser mudadas. Por exemplo, em jogo importante contra o Villa Nova e não tinha o time definido, cinco minutos antes do jogo é que a gente veio saber quem ia jogar. Falei também que estava no mês quatro, estava afunilando o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil e a gente não tinha time titular”, afirmou Zé Luís, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Segundo ele, essa reunião, em Presidente Prudente, foi iniciativa do assistente técnico Ivan e do preparador de goleiros Barbirotto. Zé Luís contou que foi o terceiro jogador a falar. “Disse que em um jogo um cara jogava e no outro não era nem relacionado para o banco, isso todo mundo nota e percebe. Falei com o intuito de melhorar, até porque se eu quisesse criticar o Dorival ou fazer ondinha, teria falado com o presidente, com a imprensa, fui direto e falei com ele para as coisas caminharem”, contou. “Isso foi a desculpa para a minha demissão”, complementou.
O volante, que foi dispensado sob a alegação de quebra de hierarquia, de acordo com o presidente Alexandre Kalil, juntamente com o meia Ricardinho, relatou ainda um comentário sobre Jobson, que já havia sido afastado do elenco atleticano. Antes do primeiro jogo com o Grêmio Prudente, a diretoria do clube mineiro havia informado que o atacante pedira para voltar ao Botafogo.
“Como fica o atleta que vem todos os dias treinar e o Jobson falta dois, três dias por semana, fica no banco e o cara que treina todo dia fica fora. Falei com o Ivan, você acha que isso não cria clima ruim no grupo, o cara que treina semana inteira fica feliz?”, indagou Zé Luís. Segundo ele, o fato de Jobson ter sido multado não era suficiente. “Não é só multa. Tem de tomar atitude. Não estava falando para mandar o Jobson embora, porque todo mundo quer ajudar e ajudou o Jobson”, acrescentou.
Segundo Zé Luís, a reunião em Presidente Prudente teve como objetivo esclarecer as razões do ambiente ruim. “O Ivan reuniu todo mundo e perguntou o que estava acontecendo, pois estava achando o ambiente ruim, todo mundo cabisbaixo e triste”, lembrou o volante.
Para Zé Luís, falta organização no Atlético. “Todo time vencedor tem de ser organizado, pensamento grande. Todo ano é isso, o Atlético contrata 10 jogadores e manda 10 embora, no ano seguinte chegam mais 10 e saem 15. Não se consegue tem um grupo formado, uma base”, analisou. “O Atlético é time muito grande, mas, às vezes o pensamento é muito pequeno”, acrescentou.
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