Secretaria da Cultura de Campinas confirma pedido de tombamento do Brinco

Prestes a vender o Brinco de Ouro da Princesa, um de seus trunfos para acabar com as enormes dívidas, o Guarani teve confirmado na última quarta-feira o pedido de tombamento do estádio. Porém, a secretária de Cultura de Campinas, Renata Sunega, que responde pelo CONDEPACC (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas), esclareceu que a solicitação pode ter sido feita por qualquer pessoa, e que isso não impede a permuta do patrimônio bugrino.

“Chegou um pedido de um cidadão para o tombamento do Brinco de Ouro, agora vamos fazer todo o processo de levá-lo para a pauta do CONDEPACC para decidirmos se vamos ou não abrir o processo de tombamento. O fato de haver o pedido não significa que o bem seja tombado, se houver necessidade de reformas isso pode ser feito sem intervenção do Conselho”, disse a secretária, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas.

“Temos no CONDEPACC reuniões mensais e a próxima ainda será em abril, mas não há tempo hábil de colocar isso em pauta porque chegou só hoje à nossa secretaria. Isso será analisado, na melhor das hipóteses, em maio, mas até lá na há nenhum tipo de proteção ao edifício. O Conselho discute, vota e decide se abre ou não o estudo, há só o pedido e isso qualquer cidadão pode pedir a qualquer tempo”, explicou Renata.

A secretária falou sobre a questão de o pedido ter sido feito apenas por jogada política. “Isso é uma situação delicada, já levantamos isso no Conselho anteriormente e isso foi muito discutido pelo fato de venda ou não venda, mas o Conselho está lá apenas para decidir se é histórico ou não. Se vai vender, se vai construir arena ou não, isso não cabe a nós decidir ou colocar”.

“Infeliz ou felizmente, se isso é mal utilizado, o Conselho pode receber de qualquer cidadão o pedido de tombamento de qualquer edifício, se isso é mal utilizado passa a criar problemas, mas estamos tentando analisar com critério e o CONDEPACC também pode optar por tombar apenas uma parte do edifício, ninguém vai tombar, por exemplo, o gramado, o vestiário, há um bom senso nisso”, completou Renata.

“O nome do solicitante não foi informado também pela Secretária que também falou sobre outras providências: “Infelizmente não estou na Prefeitura e não tenho o nome da pessoa que fez o pedido em mãos, mas o Guarani não foi notificado porque não há nada a notificar, é apenas um pedido recebido, legalmente nada aconteceu. Se o clube quiser vender, pode vender com ou sem o tombamento”, finalizou a secretária.