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Neto revela que já jogou com homossexuais: "Todo mundo respeitava"

Ex-jogador e comentarista Neto afirmou que era comum jogar com homossexuais no seu tempo - Fábio Braga/Folhapress
Ex-jogador e comentarista Neto afirmou que era comum jogar com homossexuais no seu tempo Imagem: Fábio Braga/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

12/05/2011 23h04

O comentarista Neto não economizou palavrões e frases polêmicas em uma entrevista para a revista IstoÉ deste mês, e chegou a tocar em um assunto que vem causando muita discussão no Brasil nos últimos dias. O ex-meia do Corinthians revelou que era normal atuar ao lado de jogadores homossexuais na sua época, entre os anos 80 e 90.

Questionado se um jogador gay teria condições de “sair do armário” no Brasil, Neto respondeu: “Pode sim. Muitos jogadores que atuaram comigo eram homossexuais e todo mundo respeitava os caras em campo. Aqueles que usam esse tipo de coisa para vender jornal ou ganhar ibope na tevê é que não merecem respeito”.

As declarações de Neto foram divulgadas no mesmo dia em que a bancada evangélica barrou a votação de uma lei contra a homofobia no Congresso, e durante a repercussão da aprovação da união de pessoas do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal.

Neto também falou sobre seus colegas da TV, e disse preferir Luciano do Valle a Galvão Bueno. Sobre o narrador global, o ex-jogador falou o seguinte: “Se ele só narrasse, seria um dos maiores de todos os tempos. Mas aí ele narra, comenta, faz tudo. Quando você acha que sabe de tudo, dá bom dia para cavalo. Aí fica chato, irritante”.

O comentarista não poupou nem o companheiro de Bandeirantes, Milton Neves: “É narcisista, um mala mesmo. Mas é uma ótima pessoa, que ajuda muita gente, algo que ninguém fica sabendo. Se você disser que ele não sabe nada de um assunto, ele baixa a cabeça. As pessoas não entendem muito o Milton Neves, mas eu aprendo muito com ele”.

Outro comentário curioso de Neto foi sobre psicanálise. O ex-jogador admitiu que já fez, mas se lembrou da experiência por outro motivo: “Fiz, durante três anos. Foi bom, a psicóloga era gostosa. Eu não comi, mas foi muito legal”.