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Goleiros do Fluminense não se firmam e vivem sob intensas críticas

Marlos Bittencourt

No Rio de Janeiro

14/05/2011 07h01

Goleiros como Castilho, que atuou pelo Fluminense de 1947 a 1964; Félix, de 1968 a 1976; e Paulo Vitor, de 1981 a 1987, fizeram história nas Laranjeiras e a torcida, que se acostumou a ver “monstros” defendendo a meta tricolor, ficou muito exigente. Os atuais goleiros, Ricardo Berna, Rafael e Diego Cavalieri, vivem sob críticas e não conseguem se firmar definitivamente.

Rafael foi goleiro titular do Fluminense, falhou várias vezes em 2010 e perdeu a vaga. O mesmo aconteceu este ano com Diego Cavalieri, que foi para o banco, fazendo Ricardo Berna recuperar o posto de titular. E o atual camisa 1 tricolor, que também andou falhando, diz que os goleiros do clube, sem exceção, estão constantemente sob o fio da navalha.

“As críticas aos goleiros do Fluminense sempre foram muito pesadas, não só por parte da imprensa, mas de todos. Vejo outros goleiros por aí falhando mais do que a gente, sofrendo gols de maneira pior do que a nossa. Mas as críticas aos goleiros do clube são mais severas”, disse Berna defendendo a si próprio e os companheiros que estão no banco.

O goleiro alterna bons e maus momentos numa mesma partida. É capaz de sofrer gol defensável – dito por ele mesmo –, fazer defesas sensacionais e fazer o coração do torcedor bater a mais de mil por hora. Apesar das atuações montanha russa, ele não temer sair novamente do time porque diz transmitir segurança aos companheiros e aos torcedores.

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“Não temi sair do time porque a confiança sempre foi a base do meu trabalho. E o meu papel aqui e dar confiança para todos. E não posso ser culpado depois de tudo que fiz, ser responsabilizado por um lance apenas. Contra o Libertad-PAR (vitória do Fluminense por 3 a 1 no Engenhão) fiz defesas importantes”, afirmou Berna, que levou três no jogo de volta.

Em seis anos no clube, disputou 68 partidas e sofreu 73 gols. Berna foi campeão da Copa do Brasil (2007), vice da Libertadores (2008), vice da Sul-Americana (2009) e quase rebaixado no mesmo ano e campeão brasileiro (2010). O goleiro diz estar orgulhoso do passado e da história que construiu no Fluminense.  

“Estou feliz porque olho para trás e vejo que estou no clube há tanto tempo. Isso mostra que todos confiam no meu trabalho. Cresci muito no Fluminense, amadureci e acho que este é o meu melhor momento. Sinto-me feliz, mas não me sentia realizado até conquistar o título brasileiro”, encerrou o goleiro.