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Dirigentes da Fifa envolvidos em caso de suborno não contestam acusações, segundo jornal

Teixeira e Havelange estariam entre os réus que optaram por acordo para encerrar caso, diz <i>BBC</i> - Ana Carolina Fernandes/ Folhapress
Teixeira e Havelange estariam entre os réus que optaram por acordo para encerrar caso, diz <i>BBC</i> Imagem: Ana Carolina Fernandes/ Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

24/05/2011 09h01

Dirigentes da Fifa acusados de envolvimento em subornos milionários na década de 90 não negaram o recebimento das propinas. O caso, que correu em sigilo no ano passado em um tribunal da Suíça, foi encerrado com um acordo, no qual se estabeleceu o pagamento de uma multa de US$ 5,5 milhões.

Segundo documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, os dirigentes da Fifa não contestaram as acusações de suborno. “Nos procedimentos, os acusados negam responsabilidade criminal, mas não o recebimento dos fundos”, diz um trecho do processo.

De acordo com a investigação, foram detectados mais de US$ 100 milhões em possíveis propinas. A informação foi revelada em audiências realizadas em um tribunal na cidade de Zug.

De acordo com a rede britânica BBC, João Havelange (ex-presidente da Fifa) e Ricardo Teixeira (presidente da CBF), estariam entre os dirigentes que optaram por um acordo para encerrar o caso.

Nesta segunda-feira, a BBC exibiu um programa sobre o processo. Nele, houve acusações de que Teixeira teria recebido US$ 1 milhão em 1997. A corte de Zug, na qual houve audiências sobre o caso, recusou-se a confirmar o nome dos envolvidos no escândalo.

Há dez anos, a Justiça suíça decidiu investigar os motivos que levaram a ISL à falência. Descobriu-se que parte do dinheiro que passava pela então empresa de marketing da Fifa era destinada para o pagamento de subornos.

Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação da CBF, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que “no período relativo à denúncia, Ricardo Teixeira não era nem do Comitê Executivo da Fifa”. Além disso, para ele, a BBC começou a divulgar o assunto há anos “sem nenhuma prova de nada.”