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Empresário diz que Tinga não está nos planos de Felipão e cita religião; técnico nega

Mesmo com contrato vigente até 2015, volante Tinga pode deixar o Palmeiras em breve - Fabio Braga/Folhapress
Mesmo com contrato vigente até 2015, volante Tinga pode deixar o Palmeiras em breve Imagem: Fabio Braga/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo*

13/06/2011 18h42

O embate entre o técnico Luiz Felipe Scolari e o grupo DIS teve um novo episódio. Nesta segunda-feira, Guilherme Miranda, um dos sócios da empresa, afirmou que o volante Tinga, que é um de seus agenciados, foi informado de que não faz mais parte dos planos do treinador do Palmeiras.

Segundo o empresário, Felipão teria dado a notícia a Tinga no último sábado, antes da viagem da delegação alviverde a Porto Alegre para o jogo do dia seguinte contra o Inter.

“Eu conversei com o Tinga e, pelo que eu entendi, a conversa foi no sábado. Inclusive ele estava relacionado para viajar e foi cortado depois da conversa”, afirmou Miranda à Rádio Globo. “Parece que não visão do Felipão, ele não interessa mais”.

O empresário disse ainda que o técnico palmeirense teria até questionado a opção religiosa de Tinga. “Ele ficou arrasado. O Felipão tocou num assunto não pertinente, falou em religiosidade. O Tinga me passou uma coisa forte”.

Por sua vez, o treinador rebateu veementemente as acusações de Miranda. A assessoria de imprensa de Scolari negou que o técnico tenha falado de religião com o jogador, lembrando que ele já trabalhou com católicos, evangélicos, espíritas, islâmicos e judeus, e ressaltou que Tinga não está afastado do grupo, apenas não será relacionado para as próximas partidas.

Para resolver a situação de Tinga, representantes da DIS terão um encontro com o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, nesta terça-feira. A conversa servirá ainda para as duas partes iniciarem a negociação pela renovação de contrato do atacante Vinícius. Foi por causa do jovem jogador, aliás, que Felipão entrou em atrito público com o braço esportivo do Grupo Sonda.

Vinícius recusou uma proposta de 1,5 milhão de euros da Udinese-ITA, mas para Felipão, a recusa foi influenciada pela DIS, que detém direitos econômicos do atacante, para forçar uma renovação contratual com aumento salarial.

Revoltado com o grupo, o técnico não relacionou Vinícius para as duas partidas seguintes – contra Atlético-PR e Inter – e também tirou Tinga do grupo das duas partidas. O lateral-esquerdo Gabriel Silva, outro palmeirense agenciado pela DIS, não entrou na retaliação e foi titular dos dois jogos.

*Atualizada às 20h38