Felipão adverte Tinga e diz que não há anjinho: "Se eu esfregar o olho, eu choro"

Luiz Felipe Scolari não se senbilizou com o choro de Tinga por não ter sido escalado para as últimas partidas.O técnido disse que o volante será advertido por ter faltado ao treino da equipe e insinuou que o jogador fez teatro ao chorar em entrevista. O comandante ainda considerou um absurdo as acusações de que teria preconceito com a religião evangélica do atleta.

"A religiosidade é dizer: faça um bom trabalho, porque se não correr atrás, Deus não coloca nada na mesa. Isso que eu disse. Já trabalhei com 200 religiões. Não me meto em nenhuma", afirmou.

"Antes de uma Copa do Mundo, vivi a situação de prepararem uma entrevista para determinado jogador. Se esfregarem bem os olhos, eu choro também. Sabemos como são os meandros do futebol, as armações. Se está insatisfeito, que procure a direção", afirmou.

Tinga se tornou recentemente o pivô de uma crise entre Felipão e a DIS, empresa que detém os direitos do atleta. Revoltado por uma suposta interferência da empresa para incentivar o atacante Vinicius a deixar o clube, o treinador decidiu não relacionar o volante como represália.

Triste com o fato, Tinga admitiu ao Diário Lance! Que não tinha mais clima para continuar no Palmeiras, e não compareceu no treino de quarta-feira na Academia de Futebol.

Felipão considerou um ato de indisciplina a falta ao treino e deu uma advertência ao jogador por se ausentar sem a autorização da diretoria do clube. "Nesse momento o Tinga tem que assumir a condição de um atleta profissional. Deixei para a comissão que ele trabalharia normalmente, não trabalhou. Quando me ausento, peço permissão ao presidente. Quando um atleta se ausenta sem permissão, deve receber advertência", falou o treinador.