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Em nota, oposição do Botafogo repudia a expulsão de Bebeto de Freitas

Do UOL Esporte

No Rio de Janeiro

21/06/2011 20h38

O Movimento Carlito Rocha (MCR), conhecido grupo político do Botafogo, divulgou uma nota nesta terça-feira repudiando a expulsão do ex-presidente do clube, Bebeto de Freitas, do quadro social. Segundo o MCR, o episódio foi um “triste exemplo histórico de intolerância política.”

Bebeto de Freitas é expulso do quadro social

O ex-presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, foi expulso do quadro social do clube após decisão da junta de Julgamento e Recursos do clube. A decisão tem como base a auditoria do Conselho Deliberativo, que considerou irregular a prestação de contas referentes a 2008, seu último ano como mandatário alvinegro, que também teve cassado o título de sócio emérito.

Além disso, aproveitou para elogiar Bebeto de Freitas ao alegar que o ex-dirigente “contribuiu de forma significativa para o saneamento das finanças do Clube, para a conquista do Engenhão e para a captação de importantes patrocínios.”

Por fim, o grupo político aproveita para pedir ao Conselho Deliberativo, presidido por Luiz Eduardo Miranda, que não confirme a decisão da Junta de Julgamentos e Recursos.

Confira a nota na íntegra:

Foi com extremo desagrado que o Movimento Carlito Rocha, nesta data histórica para o Botafogo e para a Seleção Brasileira, soube da decisão da Junta de Julgamento e Recursos de expulsar o ex-presidente do clube Bebeto de Freitas, além de cassar sua emerência.

Se o ato em si já passa a ser um triste exemplo histórico de intolerância política em nosso clube, digna dos que não prezam a democracia, em uma ação que atinge uma figura notável por ter feito exatamente o contrário do que o acusam – a imagem e credibilidade do ex-presidente contribuíram de forma significativa para o saneamento das finanças do Clube, para a conquista do Engenhão e para a captação de importantes patrocínios -  o que dizer da ação de uma junta presidida por um reconhecido inimigo do ex-presidente?

Vale lembrar também que o atual presidente do Conselho Deliberativo jamais colocou em votação a rejeição das contas do ex-presidente Mauro Ney Palmeiro, que encerrou sua gestão com o Botafogo na segunda divisão do futebol brasileiro.

O estranhamento é maior neste momento em que são veiculadas notícias dando conta de que o Botafogo, entre os grandes , é hoje o clube em que o endividamento cresce mais aceleradamente e, a despeito do fato, devolveu ao Estado a administração do Estádio de Caio Martins antes de estar certo da posse em definitivo do terreno de Marechal Hermes.

Seria quase cômico, no entanto, se a coisa toda ficasse apenas na vendeta de um inimigo declarado. O problema é que a atuação desta junta atinge, antes de tudo , a própria instituição mais do que centenária do clube – instituição esta que o ex-presidente Bebeto ajudou a manter .

É tão clara a vingança contra Bebeto que diretores à época dele, detentores de cargos vitais , como a vice de Finanças, mas que apoiaram ou apóiam a atual administração , não sofreram o mesmo ato .

No entanto , a verdade é uma só , aprove o que quiser esta junta : o Botafogo que aí está, tendo sido entregue ao atual presidente com um mínimo de estrutura e condições financeiras para continuar vivo , deve boa parte disso ao ex-presidente Bebeto, por hora achincalhado em uma briga de egos que não nos cabe aqui narrar .

Mas não só o movimento está espantado com o ato . Com certeza toda a comunidade alvinegra no Brasil também .

Caberá ao Conselho Deliberativo deliberar sobre o caso . Esperemos que o CD faça a coisa certa e negue a esta junta o direito da vingança.