Bin Hammam subornou dirigentes, segundo relatório do Comitê de Ética da Fifa
Das agências internacionais
Em Zurique (Suíça)
22/06/2011 12h42
De acordo com a agência de notícias The Associated Press, Mohamed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática (AFC), tentou subornar membros da Fifa. O qatariano teria o intuito de obter vantagens na eleição presidencial da Fifa.
A agência de notícias teve acesso a documentos secretos do Comitê de Ética da Fifa que comprovariam as irregularidades do dirigente. “Há provas exaustivas e convincentes contra Bin Hammam”, de acordo com o relatório oficial do grupo.
Ainda de acordo com a agência, Jack Warner teria atuado “como cúmplice da corrupção”. O dirigente renunciou aos seus cargos no futebol (ele era presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa) na segunda-feira. Com isso, a Fifa encerrou as investigações sobre seu envolvimento em um escândalo de corrupção.
Em maio, a Fifa suspendeu tanto Bin Hammam como Warner de forma provisória devido às acusações de suborno relativas à eleição para a presidência da Fifa. O qatariano concorreria com Joseph Blatter ao cargo, mas retirou sua candidatura. O suíço foi reeleito.
Pelo relatório do Comitê de Ética da Fifa, Bin Hammam e Warner convocaram reuniões com 25 membros da União Caribenha de Futebol (CFU). Nos encontros, realizados em 10 e 11 de maio em Trinidad e Tobago, houve a divisão de dinheiro entre os envolvidos.
“Durante esta reunião, parece que Bin Hammam ofereceu, de maneira indireta e anônima, US$ 40 mil a cada uma das associações”, informa o documento do Comitê de Ética da Fifa.