Presidente do Botafogo se mostra contrário à decisão de expulsar Bebeto de Freitas
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, demonstrou contrário a decisão da Junta de Julgamentos e Recursos (JJR) em expulsar Bebeto de Freitas do quadro de sócios do clube. A decisão tem como base a auditoria do Conselho Deliberativo, que considerou irregular a prestação de contas referentes a 2008, seu último ano como mandatário alvinegro, que também teve cassado o título de sócio emérito. A punição teria efeito definitivo caso o ex-dirigente não apresentasse recurso dentro de cinco dias.
Entretanto, em decisão tomada na reunião do Conselho Deliberativo, dia 31 de março, assegurou que a mesma deverá ser apreciada em reunião no próprio conselho, em assembleia.
Maurício Assumpção demonstrou respeito pela decisão que ocorreu na manhã de terça-feira após reunião da Junta de Julgamentos e Recursos, mas se mostrou solidário ao ex-presidente e reconheceu as dificuldades que o mesmo enfrentou.
"Respeito, mas não concordo com a punição. Estou há dois anos e meio à frente do Botafogo e reconheço as dificuldades enfrentadas pelo ex-presidente Bebeto de Freitas porque várias delas também enfrento. Ele comandou o clube durante seis anos e marcou sua gestão com importantes conquistas, como o retorno à série A, a concessão do Estádio Olímpico João Havelange e o resgate da credibilidade do clube com a atração de grandes parceiros”, afirmou Maurício Assumpção.
“Além disso, sua gestão foi responsável pela estruturação dos departamentos do clube. Muito dessas estruturas física e pessoal foram fundamentais para os resultados administrativos que conquistamos hoje", completou o presidente, através de uma nota publicada no site oficial.
Bebeto de Freitas se defendeu das acusações e afirmou que foi injustamente afastado, apesar de “ter oferecido todos os esclarecimentos que foram solicitados.” O ex-dirigente acusou o clube de não ter qualquer tipo de isenção no caso, em nota publicada no site do grupo político Movimento Carlito Rocha.
"Fui injustamente afastado do quadro de sócios do Botafogo, ao cabo de uma simulação de processo judicial, apesar de ter oferecido todos os esclarecimentos que de mim foram solicitados. Digo que houve uma simulação porque o acusador - o clube - é quem julga e condena, inexistindo qualquer isenção, por mais mínima que seja, na apreciação de minha defesa. Por essa razão - para não coonestar com a farsa processual montada pelo clube - é que meus advogados se abstiveram de maiores intervenções no curso do 'processo' (do qual, porém, consta minha defesa escrita, com ampla elucidação dos fatos indevidamente imputados a mim)”, disse.
"Na luta política interna do Botafogo, já havia visto muitas perseguições e injustiças, mas como a de que fui vítima, jamais. Fui indevidamente acusado de ter desviado recursos financeiros, do Botafogo - fato que jamais ocorreu; assim, aguardo serenamente a oportunidade de, tão logo provocado, provar minha inocência perante o Poder Judiciário - ocasião em que, então, cogitarei de retornar ao Botafogo", encerrou.
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