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Top 5 - Veja os treinadores brasileiros com passagens decepcionantes no exterior

Torcida do Milan chamou o técnico Leonardo de Judas durante clássico contra a Inter - Luca Bruno/AP
Torcida do Milan chamou o técnico Leonardo de Judas durante clássico contra a Inter Imagem: Luca Bruno/AP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

25/06/2011 07h01

Tornou-se comum ver jogadores brasileiros fazendo sucesso nos principais campeonatos do mundo e se tornarem ídolos de grandes clubes. Mesmo em centros sem tanta tradição, muitos atletas nascidos por aqui também se destacam e ganham elogios. No entanto, o mesmo não se repete com a mesma facilidade com os treinadores.

Os técnicos brasileiros têm pouco espaço na principal vitrine do futebol mundial, a Europa. Aqueles que tentam a sorte em outras regiões enfrentam dificuldades para se dar bem. Alguns ganham respeito com títulos; outros sofrem com a distância e a falta de condições adequadas para desenvolver um trabalho de qualidade.

Nesta temporada, Leonardo sofreu com críticas ao seu trabalho na Internazionale e conquistou apenas um título com o clube de Milão. Ele deve assumir em breve o cargo de diretor esportivo do Paris Saint-Germain.

O UOL Esporte reuniu alguns casos de treinadores que, mesmo tendo carreiras repletas de títulos, passaram por momentos ruins no exterior. As causas são variadas: desde críticas da imprensa e da torcida a dificuldades com o idioma. Confira:

TREINADORES BRASILEIROS QUE ENFRENTARAM DIFICULDADES NO EXTERIOR

LEONARDO, O “TRAIDOR”
Em 2009, Leonardo começou sua carreira como treinador no Milan, no qual havia feito sucesso como jogador e dirigente. Ele deixou o clube em 2010, após divergências com Silvio Berlusconi. O técnico passou a ser odiado por parte da torcida, que o chamou de “Judas” por ter acertado com a rival Internazionale no fim de 2010. O peso de fazer o time exibir o mesmo futebol vitorioso da época de José Mourinho o atrapalhou. Na Inter, ele conquistou apenas o título da Copa da Itália.
FELIPÃO: BOICOTE NO CHELSEA
Luiz Felipe Scolari teve uma passagem muito bem sucedida pela seleção portuguesa. O prestígio do treinador, porém, não foi suficiente para fazê-lo repetir o mesmo sucesso no Chelsea. Mesmo com um time repleto de estrelas, Felipão não conseguiu levá-lo ao caminho dos títulos. O brasileiro teve dificuldades para se comunicar com os atletas, perdeu clássicos e sofreu com a resistência de algumas das principais estrelas do time, como o atacante Drogba, o meia Ballack e o goleiro Cech.
LUXA E OS “GALÁCTICOS”
Vanderlei Luxemburgo chegou ao Real Madrid credenciado por um currículo vitorioso no Brasil, mas não ficou nem um ano no cargo. Em 2005, o treinador teve a chance de comandar um elenco “galáctico” (com nomes como Beckham, Zidane, Ronaldo e Robinho), mas decepcionou. O treinador se tornou motivo de piada por seu portunhol. A torcida perdeu a paciência com a eliminação na Liga dos Campeões para a Juventus e a derrota por 3 a 0 no clássico contra o Barcelona no estádio Santiago Bernabéu.
PARREIRA: FRACASSO NO VALENCIA
Valorizado pela conquista da Copa do Mundo em 1994, Carlos Alberto Parreira aceitou o desafio de comandar o Valencia na temporada 1994/95. No entanto, o ex-técnico da seleção brasileira não repetiu o mesmo sucesso à frente do clube e deixou a equipe antes mesmo do fim do Campeonato Espanhol. Ele ainda foi para o Fenerbahce e teve um desempenho melhor. Em 95/96, Parreira conduziu a equipe à conquista do título turco, tirando-a de uma fila de sete anos.
JOEL, “VÉRI GÚDI”
Nem a famosa prancheta salvou Joel Santana na África do Sul. O treinador foi indicado por Parreira para comandar a seleção sul-africana, que se preparava para a disputa da Copa do Mundo-2010 em casa. O técnico, porém, não resistiu aos resultados ruins e às críticas da imprensa, principalmente por não convocar o atacante Benni McCarthy, um dos jogadores de maior destaque do país. Demitido em 2009, Joel se tornou motivo de chacota por “derrapar” na língua inglesa em suas entrevistas.