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Depois de derrota em casa, goleiro dos EUA se "revolta" com premiação em espanhol

Tim Howard chora após derrota dos EUA para o México na final da Copa Ouro - AP/Jae C. Hong
Tim Howard chora após derrota dos EUA para o México na final da Copa Ouro Imagem: AP/Jae C. Hong

Das agências internacionais

Estados Unidos

26/06/2011 09h13

Os jogadores dos Estados Unidos já estão acostumados a sentirem-se visitantes quando a seleção enfrenta o México em seu próprio território. Na noite do último sábado, a seleção norte-americana perdeu a decisão da Copa Ouro, disputada em casa, para os “vizinhos” por 4 a 2, quando a torcida rival era maioria no estádio.

Porém, a premiação do torneio ter sido feita em sua maioria em espanhol foi um “abuso” na opinião do goleiro Tim Howard, da seleção dos EUA. O jogador somou a frustração com a derrota, mais o fato de 80% dos espectadores em Rose Bowl, na Califórnia, serem torcedores do México e sua indignação pela escolha do espanhol na premiação e atacou os dirigentes da Concacaf.

Depois de reconhecer a superioridade do rival, Howard considerou a “escolha” um insulto e uma ofensa para o país anfitrião. “A Concacaf deve se sentir envergonhada. Acredito que foi uma desgraça que a cerimônia completa posterior a partida tenha sido em espanhol. Pode apostar que se fosse ao contrário, se o jogo tivesse sido na Cidade do México, não seria em inglês”, queixou-se o goleiro norte-americano.

Antes da partida, a Concacaf já sabia que o novo recorde de público do torneio se devia a presença dos mexicanos nos estádios, já que durante os seis jogos que a seleção fez na competição conseguiu o apoio de aproximadamente 432 mil torcedores. Enquanto que nas outras partidas que não contou com a presença da seleção mexicana, o número de torcedores caiu para 174 mil.

Howard reconheceu o melhor futebol do México e que mais uma vez o fator público estava do lado da equipe visitante, mas ressaltou que era algo que a seleção norte-americana já estava preparada. “Não é porque perdemos a partida. Eles tem alguns jogadores especiais que nos colocaram em situações difíceis, porque não dizer também, uma grande torcida que sempre apoia”, conclui.

O goleiro não conseguiu evitar o mal-estar com os funcionárias da Concacaf que alinhou a seleção dos Estados Unidos para uma foto da equipe logo que a cerimônia se conduziu em espanhol.

O porta voz da Concacaf, Bem Spencer, não quis fazer comentários sobre a decisão de fazer a cerimônia em espanhol e nem sobre as declarações de Howard. Enquanto que o treinador dos EUA, Bob Bradley,  reconheceu que o ambiente em Rose Bowl foi “fantástico”, mas que mais uma vez os mexicanos tiveram mais apoio.