Diretoria do Palmeiras se defende das acusações de Mustafá e admite desgaste
Renan Prates
Em São Paulo
04/07/2011 07h00
As declarações do ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, criticando a atual administração comandada por Arnaldo Tirone não foram bem recebidas pela diretoria do clube. O vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, admitiu que manifestações desse tipo via imprensa geram desgaste.
“Manifestações desse tipo roubam um tempo que a gente poderia estar dedicando a procurar melhores resultados para o departamento. A energia acaba sendo boa parte dela roubada por isso”, falou para o UOL Esporte.
Mustafá Contursi ajudou a eleger Arnaldo Tirone, mas se desiludiu com a atual gestão e deixou de ser um aliado. Em entrevista ao Blog do Perrone, ele criticou, entre outras coisas, a falta de diálogo. Segundo o ex-presidente, o “rei” Tirone e o “vice-rei” Frizzo concentram todas as decisões sem dar ouvidos a ninguém.
“Dei vários alertas sobre o que era preciso fazer. Não me ouviram. Talvez existisse mais diálogo com a outra diretoria, do que com os que estão aí. Antes, a gente debatia. Agora, eles adotaram uma postura de rei [Tirone) e vice-rei [Frizzo]. Não ouvem ninguém”, disparou.
Frizzo disse que se encontrou recentemente com Mustafá e que o ex-dirigente não fez nenhum tipo de reclamação. O vice-presidente de futebol reclamou de ele ter feito esses questionamentos via imprensa e não pessoalmente.
“Estivemos juntos na Argentina [durante o sorteio dos grupos da Sul-Americana]. Foi um encontro cordial, almoçamos e ele não falou nada. Não há razão para que essas perguntas sejam feitas da pior maneira possível, via imprensa”.
Sobre a reclamação de que ele e Tirone não ouvem ninguém, Frizzo alegou que todas as decisões da atual diretoria são tomadas em conjunto. “Se fosse rei e vice-rei como ele fala e não ouvíssemos ninguém, não estaríamos sendo tão ajudados como estamos”.