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Muricy reclama de supervalorização do Santos e prioriza reforços para o ataque

João Henrique Marques

Em Santos (SP)

08/07/2011 07h01

Muricy Ramalho está impaciente. Pede reforços e ouve sempre "não". Para o técnico, o Santos está supervalorizado após a conquista da Libertadores. Se a negociação é com o clube do litoral, o valor é sempre mais alto. Com isso, os jogadores desejados não são contratados. Aconteceu assim com Zé Roberto, com Cleiton Xavier, com Diego. Os três demonstraram interesse em atuar no Santos, mas não abrem mão de salários volumosos. Nada, então, de contratações.

JOGADORES SUPERVALORIZADOS, NEGOCIAÇÕES PASSADAS

Diego: Santos na encontrou patrocinador interessado em custodiar a contratação do jogador. Pedida salarial do meia foi alta.Cleiton Xavier: Empréstimo com o Metalist-UCR, não vingou, e a possibilidade de compra não é considerada pelo Santos.Zé Roberto: Pediu salário considerado alto. Santos espera ver Zé encontrar rejeição no mercado e diminuir a pedida.

“Se eles continuarem com essa pedida alta não existe condição. Seria irresponsabilidade do clube contratando. Essas negociações caminham nesse pé”, disse Muricy. “Esse negócio do Santos é complicado. O cara olha [para o clube] e pede muito, o procurador também, o outro clube acha que o Santos vai abrir o bolso, é difícil”, complementou.

O treinador aprova a ideia dos dirigentes de priorizar a permanência dos atuais jogadores. Por isso, a manutenção de jogadores cobiçados, como Danilo, Paulo Henrique Ganso e Neymar, é obrigação. No entanto, após o término da Libertadores, três jogadores (Alan Patrick, Zé Eduardo e Maikon Leite) já deixaram o clube. Outros dois (Jonathan e Alex Sandro) estão próximos de transferências. Como Keirrison já está afastado, reforços para o ataque são considerados necessários para Muricy.

Além de manter esse plantel, o que será importante, tem que se reforçar um pouco mais. Temos que levar em consideração que só na frente perdemos o Zé, o Maikon e o Keirrison. Ficamos só com o Borges como centroavante. Quer dizer, não dá! Trazer dois, três jogadores não é complicado. Não precisa ser tão valorizado. São bons jogadores com investimento menor”, destacou o comandante santista.