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Obina adianta rotina de Conca na China: trânsito, comida e futebol exóticos

Desafios que o argentino Darío Conca terá que vencer na China: comida e trânsito - AFP e Reprodução
Desafios que o argentino Darío Conca terá que vencer na China: comida e trânsito Imagem: AFP e Reprodução

Luiz Gabriel Ribeiro

Em São Paulo

13/07/2011 07h04

Além da conta bancária, que engordará milhões de dólares durante os três anos de contrato que assinou com o Guanghzou Evergrande, Darío Conca pode se preparar para outras mudanças. Recém-contratado, o meia argentino recebe conselhos de Obina para se adaptar à rotina exótica que terá. O ex-atacante de Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG adianta os principais desafios de quem deixa o Brasil para viver uma aventura no país asiático.

  • Fabiano Maisonnave/Folhapress

    Obina aponta que Conca não sentirá a tradicional pressão dos torcedores jogando no futebol chinês

Ao UOL Esporte, Obina faz o exercício de prever a nova rotina de Conca após deixar o Rio de Janeiro. Para o atacante baiano, as dificuldades do ex-jogador do Fluminense serão maiores fora de campo. O trânsito caótico e a gastronomia incomum da China são alvos de críticas do jogador do Shandong Luneng, time rival de Conca e cia. no campeonato nacional.

Desde o início deste ano na China, Obina revela evitar o trânsito local para não se estressar. “O trânsito é realmente muito intenso e, às vezes, parece que não existe mão e contramão. Eu e minha família optamos por contratar um motorista. Moro no mesmo quarteirão do clube e vou a pé para o treino”, explica o atacante.

Quando o assunto é a comida do país, mais problemas para Obina. O baiano assegura que sequer cogita provar alguns sabores valorizados pela cultura do país onde vive. “Não sou fã de experimentar comidas diferentes ou exóticas. Já cheguei a ver algumas especiarias que são vendidas próximas aos mercados, mas não pretendo comer nenhuma delas. Também não vou provar carne de cachorro”, sentencia Obina.

Por outro lado, Obina exalta o tratamento que recebeu desde que chegou ao seu novo time. O atacante revela que as pessoas são educadas e gentis. A pressão da torcida, por isso, também não deverá ser problema para Conca, que desembarcou na China nesta segunda-feira e já foi apresentado oficialmente.

“Não senti essa pressão que existe no Brasil desde que cheguei aqui”, comenta Obina. Segundo o jogador, os estádios ficam cheios, mas o futebol está longe de ser o esporte preferido dos chineses.

“É possível ver muitas pessoas pelas ruas e, em alguns jogos, o estádio fica cheio. Os chineses gostam mais de esportes olímpicos. Com isso, o futebol não é o principal esporte do país", acrescenta Obina, que prepara Conca para o estilo do futebol chinês. Muita correria é o que o argentino irá encontrar na liga chinesa.

“Os chineses são obedientes taticamente e querem realmente aprender. Tanto que repetem o que foi ensinado até acertarem. Acho que se os jogadores arriscarem uma jogada mais ousada em campo, por exemplo, o futebol vai evoluir bastante”, analisa Obina, já “especialista” na cultura chinesa.

“Sei que estarei em um clube com um grande projeto. Muitos grandes jogadores brasileiros vieram para esta liga e melhoraram sua imagem. Tentarei me adaptar à vida aqui o mais rápido possível para marcar muitos gols para o clube”, disse Conca, durante a sua apresentação, já prevendo os desafios que terá em seu novo país. Obina pode ser o seu conselheiro.