Justiça veta paralisação das obras da Arena Palestra, mas admite possível interrupção
O pedido formal de paralisação das obras da Arena Palestra feito pelo Ministério Público na última sexta-feira foi indeferido pela 2ª Vara de Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Em decisão assinada pelo Juiz Marcelo Sergio, a Justiça não vê razões claras para a interrupção da reforma do Palestra Itália nem para a demolição do que já começou a ser levantado.
HENRIQUE É APRESENTADO E 'ROUBA' A 3
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Segundo o Juiz, a análise do possível impacto das obras à população que ocupa o entorno da obra e ao sistema viário da região exige uma análise maior e especializada. Por isso, ele indefere o pedido do MP.
“A despeito da bem articulada peça inicial, não vejo como deferir a tutela pretendida na inicial, por não vislumbrar prova suficiente e por não verificar o perigo da demora. Ora, verificar os índices restritivos de taxa de ocupação e de coeficiente ew aproveitamento, o respeito ao Plano Diretor, a ocorrência da caducidade do alvará por inércia por mais de um ano e a realização de obra nova (e não de simples reforma), demanda realização de perícia, na medida em que o juiz não dispõe de conhecimento técnico para chegar a alguma conclusão com o simples exame dos projetos e documentos técnicos apresentados", diz o despacho, sem deixar claro, porém, que se mais tarde os estudos realmente comprovarem os danos ambientais, aí sim a obra poderá ser paralisada
“Não vislumbro efetivo perigo da demora, primeiro, porque o antigo Palestra Itália já não existe mais, e, mesmo que as obras prossigam, o Poder Judiciário poderá, mais à frente, impedir seu uso e, se procedente a pretensão, determinar a demolição e a restauração da vegetação”, diz o final do texto.
Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva concedida na Academia de Futebol do Palmeiras, o presidente Arnaldo Tirone se disse tranquilo sobre a situação e fez questão de dizer que os assuntos da Arena são de responsabilidade da WTorre, responsável pela construção do estádio e pela administração do clube nos próximos 30 anos.
“Tranquilo eu estou, porque essa responsabilidade é da WTorre, eles que têm que cumprir com as coisas e se defender se tiver algum item equivocado. Mas é um momento que preocupa, porque a gente não pode mais ficar ameaçado desse tipo de paralisação porque hoje nós não temos um estádio, temos uma obra. A gente tem que ter um pouco de responsabilidade pra entender que o Palmeiras não pode voltar atrás. A WTorre tem que se defender e tocar pra frente, não tem como recuar mais”, afirmou o mandatário do clube paulista.
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