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'Eterno' desejo do Corinthians, Cristian aciona Justiça para cobrar direitos de arena

Apesar da boa relação com o clube e a vontade de voltar, Cristian entrou na Justiça - Eduardo Knapp/Folha Imagem
Apesar da boa relação com o clube e a vontade de voltar, Cristian entrou na Justiça Imagem: Eduardo Knapp/Folha Imagem

Carlos Padeiro

Em São Paulo (SP)

26/07/2011 18h55

O volante Cristian, que atuou pelo Corinthians nas temporadas de 2008 e 2009, acionou a Justiça do Trabalho para cobrar um valor que corresponde aos direitos de arena, porcentagem paga aos atletas pelos direitos de transmissão dos jogos.

SUBSTITUTO DE CRISTIAN EM ALTA

  • AP Photo

    Contratado em 2010 justamente para ocupar a vaga de Cristian, Ralf vive o melhor momento da sua carreira e foi convocado por Mano Menezes para debutar na seleção brasileira em agosto, contra a Alemanha.

    Desde 2010 os números comprovam a boa fase do camisa 5 alvinegro. Ele se destaca no desarme e na qualidade do passe.

O departamento jurídico do clube alvinegro admitiu estar surpreso com a iniciativa do jogador, vendido ao Fenerbahce e frequentemente cotado para retornar. O próprio presidente Andres Sanchez disse por mais de uma vez que o meio-campista reforçaria a equipe alvinegra se convencesse os turcos a liberarem o seu empréstimo. Agora, porém, a relação pode ficar estremecida.

“Ficamos surpresos, não só pela empatia que o Cristian diz ter pelo Corinthians, mas porque nunca nada deixou de ser pago a ele. Essa questão do direito de arena é controversa, e ele poderia ter adotado outro procedimento”, comentou Fernando Abrão, advogado do clube.

Segundo a lei, o elenco de um time de futebol tem direito a 20% do valor pago pela televisão, para ser dividido entre os jogadores. Entretanto, um acordo recente com o sindicato da categoria diminuiu para 5% esse montante e inclui outros formas de arrecadação, como placas de publicidade, por exemplo.

Segundo o advogado do Corinthians, Cristian cobra justamente a revisão desses valores, para que seja calculada com base nos 20% fixados pela lei.

“A primeira audiência está marcada para outubro, e o Cristian alega que o acordo celebrado pelo sindicato dos atletas e que criou uma nova base de cálculo para o direito de arena não teria validade. Vamos nos defender, e vira um processo longo, que pode parar no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em Brasília enquanto não for pacificado”, explicou Abrão.