Pais de jovem morta relatam rotina de agressões e bebedeira de jogador da Lusa
Os pais da jovem Flávia Anay de Lima, morta ao cair da sacada de um prédio em São Paulo na madrugada de domingo falaram pela primeira vez sobre o incidente nesta terça, em entrevista coletiva no escritório do advogado da família. Eles afirmaram que não acreditam na hipótese de suicídio e relataram uma rotina de agressões e bebedeiras na relação da filha com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, namorado da garota de 16 anos.
Segundo os pais de Flávia, a filha apareceu em casa com hematomas e marcas roxas pelo corpo em mais de uma oportunidade. Três semanas antes de morrer, a adolescente chegou a ser internada em um hospital com diagnóstico de coma alcoolica.
“Antes de conhecê-lo, ela não bebia e nem era da madrugada. Depois dessa história do coma, chegou em casa cheia de hematomas e marcas no pescoço”, disse o pai Francisco Carlos Lima.
“Ela chegava em casa com marcas roxas no corpo e dizia que tinha escorregado ou batido em algum lugar. A gente não imaginava qualquer agressão. Ela dizia que só debatiam”, contou o pai de Flávia
Na madrugada da última segunda-feira, Flávia morreu ao cair da sacada de um prédio em São Paulo. A polícia investiga a versão do atacante da Lusa de 20 anos, que alega que Flavia se jogou da sacada do apartamento do 15º andar em um prédio na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo. A jovem teria decidido saltar após uma briga com Rafael.
A mãe da jovem rebate da versão e relata ainda uma série de episódios de violência e baderna e envolvendo o casal. No último dia 16 de julho, ela diz que visitou o apartamento alugado onde o os dois moravam havia seis meses e ficou impressionada com o cenário de destruição.
“Entrei em um apartamento e nem parecia uma residência, parecia que um furacão tinha passado pela casa. Estava tudo revirado, tinha caco de vidro no chão, uísque espalhado pelo chão e as marcas de chutes dele na parede da cozinha. Ele queria engolir uma lâmina de barbear, estava com os lábios cheios de sangue”, relata Luara Adriana de Lima. "E minha filha tinha uma marca roxa no pescoço", conclui a mãe da jovem.
Inicialmente, a polícia chegou a tratar o caso como suicídio, mas agora já trabalha o caso com a definicação de morte suspeita. O advogado Ademar Gomes, que acompanhou a família durante o depoimento, disse que vai pedir a reconstituição dos fatos para encontrar eventuais contradições no depoimento do atacante da Lusa.
CASAL ESTAVA DE PARTIDA PARA EUROPA
Semanas antes da morte de Flávia, Rafael Silva negociava transferência com um clube de Portugal. Segundo o pai da jovem, o casal estava se informando sobre documentação necessária para a retirada de passaportes. No entanto, a família da adolescente de 16 anos exigia que ambos se casassem antes da possível viagem. "Sem casar ela não iria", disse o pai Francisco Carlos nesta terça.
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