Repasse de verba da CBF no Maranhão será investigado; entidade nega irregularidade
O Ministério Público do Maranhão abriu inquérito nesta semana para investigar problemas no repasse de verbas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a Federação Maranhense de Futebol (FMF). O problema é uma diferença de R$ 80 mil entre lançamentos apresentados no balanço da FMF. O assessor de Imprensa da CBF disse nesta sexta-feira que a entidade já enviou à Justiça do Maranhão informações sobre os repasses.
A promotora Lítia Cavalcante, de São Luis, abriu um inquérito para investigar os motivos que levaram o presidente da federação local, Carlos Alberto Ferreira, a publicar no mesmo balanço, referente ao ano de 2010, dados contraditórios sobre os repasses da confederação. Como há uma diferença entre os lançamentos, Cavalcante solicitou recibos em papel junto à contabilidade da CBF.
A entidade, no entanto, só trabalha com remessa digital e, por isso, não disponibiliza recibos em papel. Isso irritou a promotora, que ameaçca enquadrar a entidade dirigida por Ricardo Teixeira no crime de desobediência.
O balanço financeiro da federação maranhense traz duas informações sobre as doações efetuadas pela CBF: a primeira mostra que a entidade maranhense teria recebido entre 01/01/2010 e 31/12/2010 o equivalente a R$ 240 mil. Na página seguinte, o valor da doação aparece como sendo de R$ 320 mil.
Para o assessor Rodrigo Paiva, todos os documentos necessários foram enviados à Justiça do Maranhão.
“Ao que parece, a Justiça está investigando o presidente da federação local. Nossos repasses são feitos por meio eletrônico. Já enviamos isso à promotora. O site da CBF também traz o balanço da Federação Maranhense. Isso nada tem a ver com a CBF, tem a ver com a federação maranhense. Não há desobediência, só temos registros de depósitos digitais, feitos pela internet”, explicou o assessor, após uma conversa com o advogado da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
A promotora maranhense chegou a pedir à CBF os recibos em papel dos repasses feitos à federação maranhense. O inquérito policial contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o seu colega maranhense, Carlos Alberto Ferreira, teria sido enviado à Delegacia de Investigações Especiais e Criminais, com objetivo de apurar se houve crime de desobediência no atendimento a Justiça do Maranhão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.