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W.Paulista encabeça lista de 'queridinhos da diretoria' vetados por técnicos no Brasileirão

Wellington (e), Escudero (c) e Renan: alguns dos jogadores barrados por técnicos - Arte UOL
Wellington (e), Escudero (c) e Renan: alguns dos jogadores barrados por técnicos Imagem: Arte UOL

Do UOL Esporte

Em São Paulo

05/08/2011 07h01

Apenas quatro meses após trocar o Cruzeiro pelo Palmeiras, Wellington Paulista está de volta à equipe mineira. O caso do atacante ilustra bem uma rotina que se repetiu no Brasileirão: as dificuldades que um jogador para se adaptar a um time quando não foi indicado pelo técnico da equipe, mas contratado apenas por intenção da diretoria. Abaixo você confere outros casos de "queridinhos da diretoria" em 2011.

PALMEIRAS: WELLINGTON PAULISTA X FELIPÃO

O técnico Luiz Felipe Scolari falou e repetiu inúmeras vezes nos primeiros meses de 2011: queria um camisa 9 para o Palmeiras. Pediu Alecsandro, pediu Loco Abreu, pediu Walter. Nenhum deles veio. A diretoria resolveu contratar Wellington Paulista, por empréstimo. Uma série de fatores atrapalhou a permanência do atacante, mas o principal deles foi a clara insatisfação de Felipão com a contratação. Com convicção, o técnico escalou Wellington fora de posição sempre que pôde, e o 9 não conseguiu se adapar. Resultado: está de volta ao Cruzeiro após 4 meses.

SÃO PAULO: RIVALDO X CARPEGIANI

No São Paulo, a queda-de-braço teve outro final, favorável ao atleta. Contratado no início do ano, Rivaldo chegou com status de craque ao tricolor paulista, como salvação para todos os problemas criativos do time. Mas uma lesão inesperada e o desinteresse de Paulo Cesar Carpegiani atrapalharam seus planos. Na primeira crise do ano, o técnico foi contestado por deixar Rivaldo no banco no jogo contra o Avaí, pelas quartas de final da Copa do Brasil. No começo do Brasileirão, novas reclamações. Pior para Carpegiani, que sem o respaldo da diretoria, foi demitido.

GRÊMIO: ESCUDERO X RENATO GAÚCHO

Situação muito semelhante à do São Paulo se viu no Grêmio também no primeiro semestre de 2011. Assim como Rivaldo no time paulista, o argentino Escudero chegou ao clube gaúcho por decisão da diretoria e não caiu nas graças do técnico Renato Gaúcho. Além de ser prejudicado por lesões, o jogador não se adaptou ao esquema tático gremista e teve poucas chances com Renato. Com a demissão do treinador, Escudero ganhou espaço, e hoje é titular do Grêmio - embora Julinho Camargo também já tenha caído do comando do time gaúcho.

CORINTHIANS: RENAN X TITE

A diretoria do Corinthians aproveitou que a multa imposta pelo Avaí era muito baixa e contratou o goleiro Renan, considerado um dos brasileiros mais promissores de sua posição. Mas a compra não passou pelo técnico Tite, que sempre deixou claro que Julio Cesar continuaria sendo seu titular. Tudo continuaria assim não fosse uma lesão que afastou Julio dos gramados. Coincidência ou não, o mesmo Renan que Tite não queria assumiu o gol corintiano e falhou nos três jogos em que já atuou pelo Brasileirão.

DOIS CASOS CLÁSSICOS

FALCÃO X LEÃO NO SÃO PAULO
GIOVANNI X DORIVAL NO SANTOS
Em 2005, Falcão tentou abandonar sua bem-sucedida carreira no futsal para tentar a sorte no futebol. A diretoria do São Paulo o contratou e fez festa para o camisa 12. Mas o técnico Leão não embarcou na iniciativa, deixou Falcão na reserva, acabou com as pretensões do ala nos campos e causou uma das rixas mais clássicas dos últimos anos.Logo que assumiu a presidência do Santos, no início de 2010, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro contratou o veterano Giovanni, um dos maiores ídolos da história recente do clube. Mas o técnico Dorival Junior não ligou muito para a badalação em torno do meia e o deixou no banco de reservas tanto quanto pôde, até que Giovanni encerrou o contrato e a carreira.