Demitido, ex-preparador do SP culpa Turíbio por ter fama de estourador: "sem ética"
Ele soube às 8h30 do dia 1 de agosto que não era mais preparador físico do São Paulo. Mas isso não o magoou tanto quanto a fama de estourador de jogador (rechaçada veementemente) que Riva Carli atribui ter sido propagada pelo ex-fisiologista do clube Turíbio Leite de Barros, a quem ele criticou duramente.
PREPARADOR SE DIZ RESPONSÁVEL POR SEQUÊNCIA SEM LESÕES DE RIVALDO (D)
Riva Carli diz que fez com Rivaldo o mesmo trabalho que havia realizado com Paulo Baier no Atlético-PR. O preparador físico credita o período que o meia está sem lesões e a sequência de seis jogos seguidos a esse tipo de tratamento.
“Ele estruturou a musculatura dele...não é só dar estímulo...tem que buscar um condicionamento maior, colocar sobrecarga, senão não chega a lugar nenhum, começa a perder força, não participa do jogo”, declarou Riva Carli, que concorda em dar descanso ao meia se ele perder rendimento.
“Tudo começou com o doutor Turibio que, sem ter conhecimento algum do que estava ocorrendo no centro de treinamento, e não sei de que forma estava obtendo esse tipo de informação, analisou todo o trabalho da comissão técnica com irresponsabilidade”, afirmou ao UOL Esporte.
“Ele é uma pessoa publica, que está todo o dia na mídia... tem um conceito, tem uma palavra muito balizada, mas trouxe problema para a preparação física do São Paulo com uma inverdade, irresponsabilidade muito mal colocada e sem ética alguma”, complementou.
A ira de Riva Carli contra Turíbio foi motivada pela declaração que o pai e mentor do Reffis fez também ao UOL Esporte criticando o método do preparador físico de dar três treinamentos por dia na pré-temporada.
“Treino em três períodos deve ser feito apenas quando o jogador já trabalha dessa forma, jamais com quem nunca trabalhou dessa maneira, ainda mais em uma pré-temporada depois de férias. E nenhum jogador tinha o costume de treinar três vezes ao dia”, falou Turíbio.
Riva Carli rebateu o comentário de Turíbio e ressaltou a importância de ter esse tipo de trabalho. Segundo o preparador, na Alemanha os atletas treinam em três períodos e ninguém fala nada.
“Três períodos é para dividir o trabalho em três partes, dando oportunidade ao jogador para descansar, se alimentar e voltar para um novo treinamento. Muitas vezes se dá só um período ou dois massacra o jogador por colocar carga demais”.
Turíbio Leite de Barros foi fisiologista do São Paulo durante cerca de 25 anos e se considera responsável pela criação do Reffis, centro de recuperação de excelência do São Paulo. O clube, no entanto, contesta a "paternidade" do projeto, em mais um capítulo da rusga entre a atual diretoria e o profissional.
Riva acredita que foi colocado como “bode expiatório”. O profissional disse que o êxito do São Paulo em campo no último domingo [na vitória contra o Avaí por 2 a 1 na Ressacada] muito se deve ao êxito do seu trabalho nos sete meses que ficou à frente do clube.
“Tudo isso foi colocado no mesmo pacote, e só jogaram para mim uma responsabilidade que não é verdadeira e eu não assumo. Fiquei satisfeito de forma geral. Meu trabalho está aí. Vi a performance dos jogadores no último domingo, e todos do São Paulo foram bem”.
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