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Diogo corrói imagem criada na Portuguesa e completa 300 dias sem gol

Diogo marcou o último gol na carreira pelo Flamengo no dia 27 de outubro de 2010 - Santos F.C (Divulgação)
Diogo marcou o último gol na carreira pelo Flamengo no dia 27 de outubro de 2010 Imagem: Santos F.C (Divulgação)

João Henrique Marques

Em Santos (SP)

23/08/2011 13h00

O cobiçado Diogo está desvalorizado. O atacante de 24 anos revelado pela Portuguesa já não ostenta mais a fama de promissor após completar um ano de insucesso na elite do futebol brasileiro. Somada a passagem por Flamengo e agora no Santos, o jogador completa nesta terça-feira 300 dias sem balançar a rede.

O último gol marcado foi vestindo a camisa do Flamengo no dia 27 de outubro do ano passado, no empate por 1 a 1 com o Corinthians, no Engenhão. De lá para cá são 18 jogos (4 pelo Flamengo e 14 pelo Santos) de jejum. Números que corroeram a imagem criada na Portuguesa.

A CARREIRA DE DIOGO NO BRASIL

  • Site "Diogol" (Divulgação)

    Diogo teve início brilhante na Portguesa, clube que o revelou, e ficou dois anos e meio no profissional até ser vendido ao Olympiacos-GRE. Jogou 61 partidas e marcou 25 gols pelo clube

  • Atacante foi emprestado ao Flamengo pelo Olympiacos por um ano, mas atuou por apenas seis meses. Foi dispensado por Luxemburgo, pois marcou apenas 1 gol, em 17 jogos

  • Emprestado ao Santos por um ano, o Diogo chegou em janeiro, sofreu com uma séria lesão lombar, mas teve chances como titular. Não conseguiu balançar a rede em 14 jogos

Diogo começou a se notabilizar na Portuguesa logo em sua promoção ao profissional, em 2006. No ano seguinte, ao se tornar o artilheiro do time, marcando 18 gols na Série B, comandando o retorno do clube à elite, o então atacante de 20 anos passou a ser cobiçado no mercado nacional.

Em 2008, a Portuguesa não abriu mão de contar com o atacante por mais um semestre, e ao fim dele concluiu a maior venda da história do clube ao negociar Diogo com o Olympiacos-GRE por cerca de 9,5 milhões de euros.

Na Grécia, Diogo chegou com status de craque e ganhou a camisa 10. No primeiro ano, ele correspondeu às expectativas criadas, foi o vice-artilheiro do time, com 16 gols, e faturou dois títulos (Liga Grega e Copa da Grécia).

No ano seguinte, na temporada 2009/2010, o atacante já dava indícios de dificuldade em marcar gols. Foram apenas 4, em 19 jogos. Sendo assim, o clube grego topou negociar Diogo com o Flamengo por empréstimo de um ano pela quantia de 1 milhão de euros.

No clube carioca, a promessa da Portuguesa tinha a missão de substituir Vagner Love e Adriano, e dele gols eram esperados. No entanto, a passagem foi frustrante, e Diogo marcou apenas 1 gol, em 17 partidas realizadas.

Como Vanderlei Luxemburgo decidiu não aproveitar o atacante nesta temporada, o Santos assumiu o risco ao pagar 400 mil euros ao Olympiacos por um novo empréstimo de um ano. O negócio foi fechado em janeiro, e na Vila Belmiro, Diogo só aumentou o jejum.

Quando engatou uma sequência de oportunidades no alvinegro, Diogo sofreu com uma séria lesão lombar em abril, e ficou quase três meses afastado. Ao retornar, foi novamente aproveitado por Muricy Ramalho, até mesmo como titular, mas não conseguiu balançar a rede.

Diogo esteve em campo pela última vez na derrota santista para o Atlético-GO, por 2 a 0, no último dia 13. Nos dois jogos seguintes, Muricy optou por não aproveitá-lo. O jejum de gols atrapalha, e sem novas chances, o promissor goleador se aproxima da espantosa marca de um ano sem balançar a rede.