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Ucrânia e Rússia deixam de "esconder" jogadores e se tornam vitrine para seleção brasileira

Mano Menezes costuma convocar jogadores que atuam na Ucrânia e na Rússia - EFE/Antonio Lacerda
Mano Menezes costuma convocar jogadores que atuam na Ucrânia e na Rússia Imagem: EFE/Antonio Lacerda

Do UOL Esporte

Em São Paulo

23/08/2011 07h01

Quando um jogador começa a se destacar no futebol brasileiro e logo se transfere para um clube da Ucrânia ou da Rússia, geralmente o primeiro pensamento é de que ele sumirá e perderá a chance de ir para a seleção brasileira. No entanto, nem sempre isto acontece. Pelo menos com o treinador Mano Menezes, mesmo quem joga em um campeonato nacional com pouca visibilidade mantém as chances de vestir a camisa amarela.

  • Omar Torres/AFP

    Jádson, um dos jogadores do Shakhtar Donetsk chamados por Mano, disputou a Copa América

Para o amistoso contra Gana, em 5 de setembro, em Londres, o técnico chamou Fernandinho, do Shakhtar Donetsk. O meio-campista, que atuou no Atlético-PR antes de se transferir para o clube da Ucrânia, já havia sido chamado para a partida contra a Alemanha, no último dia 10. Outros colegas de equipe dele também têm sido lembrados com frequência por Mano.

Jádson, por exemplo, foi chamado para a disputa da Copa América. O meio-campista, que também atuou pelo Atlético-PR, começou entre os reservas. Na partida contra o Paraguai, pela fase de grupos, ele fez seu primeiro (e único até aqui) gol pela seleção, no empate por 2 a 2. Embora tenha se destacado na partida, ele não voltou a atuar na competição e também ficou fora das convocações seguintes.

O terceiro jogador do Shakhtar Donetsk chamado por Mano Menezes foi Douglas Costa. O meio-campista, que antes de ir para a Ucrânia defendeu as cores do Grêmio, participou de um período de treinos realizado pela equipe nacional na Espanha. Aos 20 anos, ele tem chances de defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, aproveitando sua experiência nas seleções de base do país.

Fora da Ucrânia, um jogador que atua em outro país distante dos grandes centros da Europa também foi lembrado por Mano em suas convocações. O meio-campista Carlos Eduardo, ex-Grêmio, havia sido convocado pela primeira vez em 2009, quando a seleção ainda era comandada por Dunga. Na época, ele defendia o Hoffenheim. A mudança de treinador e sua ida para o Rubin Kazan, da Rússia, não o impediram de voltar à equipe nacional.

Carlos Eduardo esteve na primeira lista de convocados de Mano Menezes. Ele foi chamado para o amistoso contra os Estados Unidos, em agosto do ano passado. Em outubro, já no Rubin Kazan, o meio-campista voltou a ser chamado e foi titular nas vitórias sobre Irã (3 a 0) e Ucrânia (2 a 0).

André, hoje no Atlético-MG, também foi convocado na época em que defendia o Dynamo Kiev. O atacante, ex-Santos, fez parte da lista para os amistosos contra Ucrânia, Argentina e França (nos dois últimos, o Brasil perdeu por 1 a 0).

Por outro lado, nem sempre os jogadores se mantêm na vitrine quando se transferem para um país cujo campeonato nacional tem menor prestígio do que o de centros tradicionais. É o caso de Giuliano. O meio-campista foi convocado quando estava no Internacional, mas foi deixado de lado após trocar o clube gaúcho pelo Dnipro Dnipropetrovsk, da Ucrânia.

O volante Jucilei ganhou algumas chances com Mano Menezes quando atuava pelo Corinthians. No entanto, ele não foi mais chamado após sua transferência para o Anzhi Makhachkala, da Rússia. Lesionado, o jogador perdeu espaço em sua nova equipe e amargou o banco de reservas.