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Palmeiras completa 97 anos com polêmicas, time limitado e chance escassa de título

Felipão é um símbolo do clube: treina o time, entra em polêmicas e resolve problemas - Ricardo Cassiano/UOL
Felipão é um símbolo do clube: treina o time, entra em polêmicas e resolve problemas Imagem: Ricardo Cassiano/UOL

Do UOL Esporte

Em São Paulo

26/08/2011 07h03

O Palmeiras comemora 97 anos de fundação nesta sexta-feira, 26 de agosto. Até agora, o ano não parece ter muitos motivos para comemorações. A equipe ficou mais marcada pelas polêmicas extracampo que pelo futebol e tem chances pequenas de conquistar um título até o fim da temporada.

A última esperança é o Campeonato Brasileiro, já que foi eliminada pelo Vasco na Sul-Americana, apesar do triunfo por 3 a 1, quinta-feira, no Pacaembu. No primeiro semestre, se despediu da Copa do Brasil de forma melancólica após uma goleada vexatória para o Coritiba por 6 a 0, e deixou o Paulistão com uma derrota nos pênaltis para o rival Corinthians diante de sua torcida.

No Brasileirão, ocupa a sexta colocação com 29 pontos, oito a menos que o líder Corinthians. A diferença pode cair para cinco pontos no final do primeiro turno, já que os rivais se enfrentam no próximo domingo, em Presidente Prudente. Mais que a posição na tabela, é a limitação do time que mina a esperança dos palmeirenses de levantar uma taça importante após mais de dez anos.

A equipe ainda conta com alguns ídolos. O veterano Marcos vive grande fase no gol, mas Kleber e Valdivia ainda podem render mais. O meia chileno sofreu com muitas lesões e, desde que voltou ao clube em 2010, não foi o mesmo de sua primeira passagem em 2007/2008.

Já o Gladiador está longe do auge, passou dez jogos sem fazer um gol sequer e tem sido mais lembrado pelas polêmicas do que pelo desempenho nos gramados. Hoje, a maior arma no ataque é curiosamente um volante. Marcos Assunção tem feito a diferença nas bolas paradas.

Os próprios jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari admitem que fazem milagre com um time limitado tecnicamente, mas bastante obediente em termos táticos. Um dos maiores exemplos é o atacante Luan, além do volante Márcio Araújo e do zagueiro Thiago Heleno.

Fato é que até agora o que mais marcou o ano foram as polêmicas e desavenças entre partes importantes do clube. Uma marcante foi protagonizada por Kleber, quando uma proposta do Flamengo desestabilizou o clube. O jogador foi acusado de simular uma lesão para não entrar em campo e chegou a chamar o vice de futebol Roberto Frizzo de mau caráter. Frizzo também entrou em atrito com Felipão ao ser noticiado que ele teria procurado outro técnico para o cargo.

O técnico, por sua vez, também deu o que falar. Por uma rixa com um grupo de investidores, a DIS, afastou Tinga que chegou a chorar publicamente. Até o presidente Arnaldo Tirone tem sua parcela de culpa como um verdadeiro incendiário ao dar uma entrevista polêmica em que criticou duramente Valdivia, dizendo que foi um péssimo negócio.