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Coisa de criança: As travessuras e birras que só acontecem no Palmeiras

Palmeiras parece um parque de diversões com travessuras e molecagens - Arte/UOL
Palmeiras parece um parque de diversões com travessuras e molecagens Imagem: Arte/UOL

Luiza Oliveira

Em São Paulo

02/09/2011 07h02

O Palmeiras é um clube quase centenário, tem títulos importantes e muita tradição no futebol brasileiro. Mas é só olhar com um pouquinho mais de atenção para lembrar do jardim de infância. Intriga, birra, pirraça, travessuras e até amigos imaginários. As expressões tão típicas do universo infantil se encaixam muito bem em várias situações no clube. O UOL Esporte reuniu exemplos das infantilidades alviverdes. 

O dedo-duro e o bilhete no vestiário

Poucas atitudes podem ser mais infantis que colar um bilhete anônimo na parede para denunciar um suposto dedo-duro. No Palmeiras, todo mundo já passou da idade, mas isso também acontece. Em junho, um conselheiro foi acusado de fofocar, espalhando segredos do clube. O bilhete com a mensagem “Gilto Avallone recebe informações privilegiadas de dentro do Palmeiras. Cuidado no vestiário” foi colado no quadro de avisos do vestiário dos jogadores, na sala de Felipão e no local reservado para os atletas comerem.
As intrigas da Academia

Em toda escola existem as famosas panelinhas. Para prejudicar o grupo rival, vale de tudo, principalmente fazer intriga. E intriga é o que não falta no Palmeiras. A última foi a divulgação de que o vice de futebol Roberto Frizzo já teria acertado com Paulo César Carpegiani para assumir o cargo de técnico. O dirigente não gostou e colocou a culpa nas "ratazanas de esgoto" que tumultuam o ambiente no clube. Felipão também ficou bravo. Admitiu ter seus inimigos e disse que tem gente querendo derrubá-lo.
Gilto e a amizade com as árvores

As crianças costumam ter seus amigos imaginários. No caso de Gilto Avallone eram as árvores centenárias do Parque Antárctica. O corte das carismáticas plantinhas para a construção da nova Arena Palestra deixou o conselheiro tão abalado que ele foi ‘chorar as mágoas’ com o Ministério Público. Deu certo. O MP tomou as dores e usou sua denúncia para entrar com uma ação de paralisação das obras alegando que o projeto não respeitou a área verde obrigatória para o local.
Felipão e suas pirraças

Pirraça é uma palavra bem comum no universo infantil. Felipão já tem seus 62 anos, mas ainda sabe fazer bem o que tanto irrita os pais. O técnico não tem vergonha em fazer bico quando as coisas não saem como imaginou. Em março deste ano, ameaçou não se concentrar com a delegação no hotel porque a diretoria não permitiu que a nutricionista Alessandra Favano ficasse hospedada com a equipe para economizar uma diária. Meses depois, também fez outra birra com a DIS. Não gostou de Vinicius não ser vendido para a Itália e deu o troco não relacionando Tinga, também da parceira.
Kleber faz bagunça e leva bronca

Em uma história sobre travessuras não poderia faltar Kleber. O Gladiador sentiu dores na coxa direita e não enfrentou o Noroeste, pelo Paulista. Mas teve pique suficiente para brincar de montão no Carnaval ao lado do amiguinho Valdivia, em um camarote do sambódromo paulistano. O resultado foi uma bronca de Felipão. O atacante ainda mostrou seu lado ‘menino malcriado’ e respondeu ao mais velho pelo Twitter. Depois, apelou para a emoção e fez um vídeo com cara de bonzinho pedindo desculpas para não ficar de castigo.
Felipao brinca de enganar imprensa

Felipão aprendeu um truque novo para tentar enganar os rivais: em dois jogos seguidos, divulgou uma lista de relacionados falsa. No clássico de domingo, Maikon Leite estava entre os escolhidos, mas ficou fora e deu lugar a Fernandão, que garantiu a vitória contra o Corinthians. O sucesso da artimanha deixou o técnico ansioso para repetí-la. Contra o Botafogo, relacionou Kleber que estava machucado. Dessa vez, não deu certo. O time foi derrotado por 3 a 1 no Engenhão.
Martinuccio travesso

Até um argentino já aprontou suas travessuras para cima do Palmeiras. O meia Alejandro Martinuccio resolveu brincar de ‘enganei o bobo na casca do ovo’ depois de assinar um pré-contrato com o clube alviverde. Estava tudo certo, mas surgiu o Fluminense com uma proposta melhor e o ‘hermano’ não titubeou. Deu uma de esperto e vestiu a camisa tricolor. Ainda apresentou uma desculpa esfarrapada e disse que não entendeu o contrato, escrito em português, apesar de ter contado com a ajuda de uma intérprete. O caso foi parar na Justiça.