Bebeto visita Ricardo Gomes e 'reforça' torcida pela recuperação do treinador

Depois de Romário e Ricardo Rocha demonstrarem todo o carinho pelo técnico Ricardo Gomes, mais um ex-companheiro de seleção brasileira reforçou a torcida pelo treinador do Vasco e prestou a sua solidariedade ao amigo. Bebeto visitou o hospital Pasteur, na zona norte da cidade, nesta quinta-feira, para levar seu apoio à família de um dos seus grandes amigos no futebol.

Empolgado com a recuperação de Gomes, que sofreu um AVC no último domingo, o ex-camisa 7 agradeceu a Deus pela melhora no quadro de saúde do amigo e relembrou os momentos de agonia ao assistir o grama do treinador na TV.

"Vim aqui dar o meu apoio para toda família. O Ricardo é uma pessoa que merece tudo de bom, gentil com todos. Só posso levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus por tudo que está acontecendo depois do susto do fim de semana. Tenho certeza que logo ele estará entre nós", disse Bebeto, relembrando do ocorrido no último domingo.

"Foi uma coisa muito desagradável o que vimos no domingo. Estava na frente da televisão e fiquei agoniado ao ver um amigo passando por aquilo ali (AVC). Ficamos em um nível de tensão muito grande e só pensava em um quadro favorável para que eu pudesse vir aqui dar esse abraço na família", salientou o ex-jogador.

Além das péssimas lembranças do último domingo, Bebeto para não guardar grandes recordações da época que enfrentava Ricardo Gomes nos gramados. O artilheiro brincou com a dificuldade de encarar o "gigante" dentro da área.

"Essa recuperação é de um cara que sempre foi muito forte, dentro e fora de campo. Era difícil demais passar pelo Ricardo. Dentro da área, sempre foi um gigante, impossível passar por ele. Espero encontrá-lo logo para relembrar essas histórias", recordou Bebeto.

Relembre o caso do treinador:

No segundo tempo do jogo contra o Flamengo, no dia 28, Ricardo Gomes passou mal e foi levado ao Hospital Pasteur, onde foi diagnosticado com AVC hemorrágico. O técnico foi submetido a uma neurocirurgia para drenagem do hematoma cerebral, que tomava 70% de seu cérebro, e controle da hipertensão intracraniana. O procedimento, que durou cerca de três horas, foi realizado com sucesso pela equipe do neurocirurgião José Antonio Guasti e com o suporte clínico do médico Fábio Miranda. A tomografia computadorizada no pós-operatório imediato foi bastante satisfatória, mostrando que o hematoma foi totalmente removido e a pressão intracraniana mantida sob controle. Os médicos esperavam as 72 horas após a cirurgia para retirar os sedativos e analisar se o comandante cruzmaltino terá alguma sequela na fala ou na motricidade do lado direito.