Palmeiras naufraga com contratações humildes e planeja reforço de peso para 2012

O Palmeiras decidiu sacrificar as contrações e priorizar o equilíbrio financeiro do clube em 2011. Como toda escolha implica também em perdas, o time saiu prejudicado e agora sofre com a carência em algumas posições e a queda na tabela. Para 2012, a diretoria planeja um ano mais gordo com promessas de contratações ‘de peso’.

Na visão do vice de futebol Roberto Frizzo, o esforço vai render frutos para a próxima temporada. “A condição financeira do clube começa a ter uma oxigenação a partir de janeiro. E aí vai possibilitar a busca de reforços de expressão para a temporada. Ainda não falo em números, mas vamos estudar”, disse.

A gestão de Arnaldo Tirone decidiu mudar a política em relação ao seu antecessor. Luiz Gonzaga Belluzzo comprometeu os rendimentos do clube e promoveu a gastança com contratações caras como Valdivia, Lincoln e Kleber. Até hoje, a diretoria não encontrou alternativas para quitar as dívidas adquiridas por causa dos dois meias.

Ao assumir o clube, Tirone decidiu apertar os cintos e investir em apostas. O preço também foi alto. Durante toda a temporada, Felipão precisou ter muito jogo de cintura para se adequar à realidade e formar um time competitivo com atletas considerados modestos.

No início do Brasileirão, a equipe se manteve entre as primeiros colocadas, mas não conseguiu evitar a queda na reta final e hoje ocupa a oitava colocação. Os próprios jogadores admitem que o grupo é limitado e tudo será conquistado com esforço.

A falta de atletas que inspirem confiança e possam decidir uma partida é uma das principais dificuldades. As constantes lesões do ídolo Valdivia evidenciaram a necessidade de um meia articulador. Patrik e Tinga não se firmaram na posição e o recém-chegado Pedro Carmona ainda não completou uma partida.

O ataque foi o setor mais abastecido com novos atletas em 2011, mas ninguém chamou a responsabilidade e se tornou indispensável. Wellington Paulista e Adriano Michael Jackson já deixaram o clube, enquanto Ricardo Bueno e Maikon Leite se esforçam para conseguir uma vaga. Fernandão é o único que hoje é titular, mas só fez dois gols e não supre o mau momento técnico de Kleber.

Nas laterais, Paulo Henrique nem entrou em campo, enquanto Gerley foi preterido por Felipão e sua última aparição ficou marcada por uma expulsão. Cicinho vinha tendo uma boa sequência como titular, mas foi prejudicado por uma lesão e ainda não retornou.

O único setor em que as contratações vêm rendendo frutos é a defesa. Henrique já foi convocado por Mano Menezes para defender a seleção brasileira e aos poucos tenta compensar o esforço financeiro feito pela atual diretoria. Thiago Heleno também teve um bom início, mas caiu de rendimento e hoje amarga o banco de reservas.