Palmeiras adota cautela e não descarta chance de João Vitor ter iniciado agressão
Luiza Oliveira
Em São Paulo
12/10/2011 21h02
O Palmeiras tem mantido uma postura neutra em relação ao caso de agressão ao volante João Vitor. O clube prefere esperar o andamento das investigações para se pronunciar oficialmente e adota cautela porque não descarta a possibilidade de o jogador ter iniciado as ações de violência.
A diretoria alviverde alega que não vê motivos para desconfiar do atleta e mantém seu apoio a ele. Mas o UOL Esporte apurou que o departamento jurídico considera que existem versões conflitantes sobre o caso que ainda precisam ser melhor avaliadas e o mais correto é evitar qualquer precipitação. O vídeo com as imagens do ocorrido deixa dúvidas por não mostrar o momento em que os incidentes tiveram início.
Por falta de informações concretas, o Palmeiras vai aguardar as investigações policiais para se pronunciar novamente sobre o caso, conforme divulgado em nota no site oficial nesta quarta-feira.
O próprio técnico Luiz Felipe Scolari deu a entender que tem dúvidas sobre o que aconteceu. "Já respondi às outras emissoras, que vocês antes de emitir uma opinião, pesquisem na polícia, os laudos, que às vezes essa não é a realidade total", disse, minutos antes do jogo contra o Flamengo, no Engenhão.
O atleta e um torcedor prestaram depoimento no 7º DP, no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. João Vitor acusa um “rapaz de 29 anos” de ter começado a agressão ao ofendê-lo e chutar seu carro. O atleta explicou que o cunhado e um amigo desceram do veículo para ajudá-lo quando foram agredidos.
A versão do jovem identificado como Wellington, no entanto, é diferente. De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência, o rapaz disse que foi cobrar o jogador apenas verbalmente pelos maus resultados. Ele negou ter chutado o veiculo e disse que quem iniciou as agressões foram os amigos do volante.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, João Vítor não quis entrar com representação criminal contra os torcedores. Se ele mantiver sua posição, a polícia não dará prosseguimento ao caso, mas o atleta ainda tem seis meses para fazer com que a investigação continue. O clube não interfere na decisão porque deve respeitar um desejo individual.