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João Vitor diz que não é anjinho, mas acusa diretoria de abafar caso de agressão

João Vitor prestou depoimento e disse ter sido agredido por torcedores em frente à loja do clube - Eduardo Anizelli/Folhapress
João Vitor prestou depoimento e disse ter sido agredido por torcedores em frente à loja do clube Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Do UOL Esporte

Em São Paulo

13/10/2011 19h27

João Vitor não está satisfeito com a postura da diretoria do Palmeiras após o episódio em que confrontou com torcedores. O volante disse que não é anjinho, mas criticou a cúpula alviverde por tentar abafar o caso de agressão.

“A diretoria está tentando abafar o caso. Já aconteceu com Vagner Love, com o Luxemburgo e se ninguém fizer nada vai acontecer de novo”, disse. “Não sou um anjinho, mas também não sou maluco de encarar 20 caras na sede da Mancha Verde", afirmou, em entrevista à TV Globo.

Depois de toda a polêmica, o jogador voltou a treinar na Academia de Futebol na tarde desta quinta-feira. Em recuperação de uma lesão no joelho esquerdo, o volante realizou apenas trabalhos de fisioterapia.

A diretoria do Palmeiras tem adotado cautela em relação ao caso de agressão. Prefere esperar o andamento das investigações para se pronunciar oficialmente e não descarta a possibilidade de o jogador ter iniciado as ações de violência. O UOL Esporte apurou que o departamento jurídico considera que existem versões conflitantes sobre o episódio que ainda precisam ser melhor avaliadas e o mais correto é evitar qualquer precipitação.

Luiz Felipe Scolari também não saiu em defesa do pupilo. O técnico admite a possibilidade de o volante ter partido para cima dos torcedores e considera irresponsável fazer julgamentos precipitados antes da apuração real dos fatos.

“Temos que ver as coisas com mais calma. Não dá para acusar que foi a torcida organizada. Quando tem que brigar, eu brigo e boto a cara mesmo. Mas quando acho alguma coisa estranha, aí já não acuso ninguém. Não sabemos se ele respondeu a algum xingamento e aí começou a briga. Vendo a fita, vemos que tem algumas coisas estranhas”, disse, após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, no Engenhão.

O atleta e um torcedor prestaram depoimento no 7º DP, no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo, na última terça-feira. João Vitor acusa  um “rapaz de 29 anos” de tê-lo ofendido e agredido após chutar seu carro. A versão do jovem identificado como Wellington, no entanto, é diferente. O rapaz disse que foi cobrar o jogador apenas verbalmente por causa dos maus resultados do time e acusou os amigos do volante de iniciarem as ações violentas.