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Sindicato dos Atletas vai ao Ministério Público discutir violência de torcida contra jogadores

Briga entre João Vitor e torcedores palmeirenses levou à mobilização do sindicato - Eduardo Anizelli/Folha Imagem
Briga entre João Vitor e torcedores palmeirenses levou à mobilização do sindicato Imagem: Eduardo Anizelli/Folha Imagem

Vinícius Segalla

Em São Paulo

16/10/2011 16h05

O Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol de São Paulo (Sapesp) cumprirá, na próxima semana, uma agenda de reuniões com jogadores do Palmeiras, autoridades de segurança pública e Ministério Público para debater o episódio de violência envolvendo o volante João Vitor e torcedores organizados palmeirenses.

A entidade quer, primeiramente, esclarecer o que aconteceu na última terça-feira, quando o atleta do Palmeiras foi agredido por torcedores na saída da loja do clube. Segundo uma das versões que circulam sobre o ocorrido, o volante foi agredido verbalmente e, então, agrediu fisicamente um torcedor, que teria reagido e contado com a ajuda de outros. Outra versão seria de que as agressões físicas teriam partido de um torcedor.

Na terça-feira, o presidente do Sapesp, Rinaldo Martorelli, vai ao centro de treinamento do Palmeiras para uma reunião com todos os jogadores do elenco. O goleiro Marcos foi quem articulou o encontro. O objetivo é ouvir o que pensam os atletas sobre todo o ocorrido e traçar uma linha de reivindicação para os encontros que deverão acontecer no decorrer da semana: com o Ministério Público e com autoridades da Secretaria de Segurança Pública.

"Queremos que sejam tomadas medidas mais firmes por parte das autoridades para coibir esse tipo de violência, que, infelizmente, está se tornando comum", conta Martorelli. Segundo ele, "é possível tomar medidas legais para reduzir essas agressões, mas são medidas impopulares, que as autoridades relutam em tomar".

O sindicalista disse também que considera "perigosa" a relação existente entre dirigentes de clubes as torcidas organizadas, pois quanto mais próximos ficam os cartolas dos torcedores, menor é a disposição em coibir abusos.