Topo

Maikon Leite celebra vitória na CBF e vai à Fifa tentar cassação de ex-agente

Maikon Leite vai à Fifa e para tentar cassar a licença de seu ex-empresário Ângelo Pimentel - Junior Lago/UOL
Maikon Leite vai à Fifa e para tentar cassar a licença de seu ex-empresário Ângelo Pimentel Imagem: Junior Lago/UOL

Do UOL Esporte

Em São Paulo

19/10/2011 06h02

O atacante Maikon Leite trava uma briga judicial contra seu ex-empresário Ângelo Pimentel. Após vencer uma disputa junto à Confederação Brasileira de Futebol, o jogador agora vai à Fifa tentar cassar a sua licença de agente. A decisão deve sair em 2012.

Os advogados do jogador, André Ribeiro e Breno Tanuri, consideram que Maikon Leite foi prejudicado pelo empresário ao se transferir do Santos para o Palmeiras. Ele teria sido enganado para assinar um contrato de representação por cinco anos, o que não é permitido pelo regulamento.

“O atleta foi induzido a firmar contratos que o prejudicaram, por prazo superior ao permitido pelo regulamento dos agentes, que é no máximo de dois anos, e pelo fato de os agentes terem atuado em prejuízo ao atleta”, dizem.

No mês de agosto, Maikon Leite venceu um processo movido por Antônio Pimentel, juntamente com Mariana Pimentel. Os auditores do Comitê de Resolução de Litígios da CBF julgaram improcedente a ação movida pelos empresários que pediam R$ 1 milhão pela negociação entre os dois clubes paulistas.

Pimentel e Mariana reivindicavam participação como representantes do jogador. Alegavam ter direito a 10% de todo valor que o atacante recebesse com os contratos de trabalho e imagem firmados com o Palmeiras e ainda pleiteavam 35% de seus direitos econômicos.

Os advogados de Maikon Leite também criticam atitudes de Ângelo Pimentel como secretário geral da Associação Brasileira de Agentes de Futebol (Abaf). Segundo eles, o agente usou seu poder na entidade para firmar um acordo com a CBF que inclui multa nos contratos de representação, sendo R$ 500 mil para rescisão e R$ 200 mil para descumprimento. 

“A prática facilita a vida de agentes que em nada ajudam os atletas, mas ainda assim pleiteiam o recebimento de valores indevidos, sem que tenham prestado qualquer serviço as atletas”, alegam Ribeiro e Tanuri.

Ângelo Pimentel se defende. Ele diz que Maikon Leite não cumpriu com o que assinou e que a transação com o Palmeiras foi ilegal por ter sido intermediada por uma pessoa que não tem autorização para isso. Pimentel ainda afirma que os dirigentes palmeirenses foram enganados.