Dificuldades com Boca e acerto com Carlos Eduardo afastam Escudero do Grêmio

O Grêmio enviou seu diretor executivo de futebol, Paulo Pelaipe, para Buenos Aires, em novembro, buscando baixar o valor pedido pelo Boca Juniors para permanência de Escudero. Mas o time gaúcho parece ter desistido de manter o argentino. Além da negativa inicial dos 'hermanos', a provável contratação de Carlos Eduardo inviabiliza titularidade imediata a "El Pichi".

Carlos Eduardo é atleta do Rubin Kazan, e apesar de seu treinador não ter intenção de saída, o presidente do clube russo está inclinado a aceitar uma renovação por um ano em troca de liberação por empréstimo. O próprio jogador garante otimismo sobre o assunto e será o principal representante gremista na negociação.

Além disso, o Boca Juniors não aceita reduzir tanto o valor envolvido na compra de 50% dos direitos de Escudero [a outra metade pertence ao Villareal-ESP] e refuta novo empréstimo. Inicialmente, o preço pelo camisa 24 era 6 milhões de euros [R$ 14,4 milhões]. A quantia foi reduzida para 5 milhões de dólares [R$ 8,9 milhões], mas o Grêmio não aceita pagar mais do que R$ 3 milhões.

Uma alternativa seria novo empréstimo. Há a indicação que um título do Boca no Campeonato Argentino facilitaria as coisas. Faltando três rodadas para o fim do Torneio Apertura, o time azul e amarelo está 9 pontos na frente do Tigres, segundo colocado, e com um empate na próxima partida, contra o Banfield em La Bombonera, levanta a taça. Porém o clube não indica algo tão positivo nas tratativas pelo meia.

Tais situações indicam o fim das oportunidades a Escudero. O jogador possivelmente tenha sua última aparição no clássico Gre-Nal deste domingo, às 17h (horário de Brasília), no Beira-Rio. O argentino tem 42 jogos e 5 gols marcados. Com trajetória difícil logo que contratado, em fevereiro, "El Pichi" foi atrapalhado pela timidez e pelas frequentes trocas de posição. Com a chegada de Celso Roth virou titular e passou a marcar gols e ter boas atuações.