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'Nova diretoria' bugrina mantém desconfiança em relação à venda do Brinco

Venda do Brinco de Ouro continua sendo a única aposta da diretoria para sanar a crise financeira - Divulgação
Venda do Brinco de Ouro continua sendo a única aposta da diretoria para sanar a crise financeira Imagem: Divulgação

Do UOL Esporte

Em São Paulo

09/12/2011 15h51

Os nomes mudaram, mas os problemas encontrados pela ‘nova diretoria’ bugrina continuam os mesmos. O diretor de futebol Cláudio Corrente concedeu entrevista nesta sexta-feira para falar sobre a atual situação do clube, especialmente no que diz respeito à parte financeira. E as palavras do dirigente mantiveram a desconfiança dos torcedores em relação ao futuro do Guarani.

“Por enquanto estamos na expectativa e ela é grande para que seja solucionada esta venda do estádio [Brinco de Ouro da Princesa], e efetivamente entre dinheiro. Sem isso, realmente, mesmo tendo muitos contatos com dirigentes do futebol brasileiro e empresários e uma vasta lista de jogadores, por enquanto nada pode ser definido”, declarou Cláudio Corrente à Rádio Brasil de Campinas.

“Tudo depende desta venda e a coisa é preocupante porque vim para este projeto com uma garantia de que isso já deveria ter sido efetivado, mas fica sendo postergado. O torcedor está ansioso para ouvir boas notícias e elas não estão chegando, isso me preocupa bastante pelo prazo que temos para a contratação de jogadores. O termo que estou usando é muito simples, eu vou para o Hawaii surfar, mas sem prancha eu não consigo fazer nada”, acrescentou.

Diretor de futebol do Guarani em 1988, quando o clube sagrou-se vice-campeão paulista, Cláudio Corrente acredita que a antiga diretoria, comandada por Leonel Martins, errou ao apostar apenas na venda do Brinco de Ouro da Princesa como única solução para os problemas financeiros do clube.

“Faltou um plano B, meu pensamento é que eles ficaram se iludindo durante quatro anos só pensando nesse plano que seria a solução do Guarani, esqueceram do departamento de marketing que tentou, dentro das suas limitações, mas que era totalmente amarrado a uma diretoria. Eles ficaram permanentemente pensando em vender o Guarani quando teríamos outras alternativas”, disse o dirigente, que ameaça até já abandonar o cargo se as coisas não derem certo em breve.

“Eu já disse antes que não entrei nessa para brincar, se eu sentir que há algum tipo de dificuldade eu vou me desligar, isso eu não quero, quero ajudar, vim para ajudar e acho que tenho condição pessoal para dar muito pelo Guarani, mas chega um momento que temos um limite, quando vemos que não dá para prosseguir, porque para ter que furar uma onda, eu prefiro sair”, completou.