Rebaixamento obriga Paraná a adotar 'plano C' nas contratações, diz dirigente
Do UOL Esporte
Em Curitiba
19/12/2011 20h59
O presidente do Paraná, Rubens Bohlen, disse nesta segunda-feira, que a confirmação do rebaixamento do clube para a segunda divisão do Paranaense, mudou os planos da diretoria a respeito de contratações. Ele revelou que já havia praticamente acertado a contratação do goleiro Fábio Costa, que seria cedido de graça do pelo Santos, mas teve voltar atrás após o STJD ratificar a queda, em novembro.
“O salário do Fábio Costa chega a R$ 250 mil, mas ele viria de graça para o Paraná, pois o Santos tinha o interesse de recuperar a carreira do jogador”, disse o dirigente à Rádio Transamérica.
Outro goleiro santista, Aranha, também era cogitado, mas como a Federação Paranaense de Futebol não aceitou antecipar a disputa segunda divisão, que só começa em maio, a diretoria é obrigada a rever a formação da equipe, emprestando os atletas com salários mais altos.
“Estamos no plano C. Não tem como manter jogadores parados até a metade do ano, ganhando R$ 20 mil, R$ 30 mil. Emprestamos para eles voltarem no final de abril e se prepararem para a Segunda Divisão do Paranaense e do Brasileiro [da Série B]”, disse Bohlen.
Segundo o presidente paranista, hoje o elenco está reduzido a 13 jogadores. Para a disputa da primeira competição do ano, a Copa do Brasil, a equipe deverá ser reforçada por seis jogadores da categoria de base.
Aniversário
Nesta segunda-feira, o Paraná Clube completou 22 anos de existência, tentando sair da pior crise de sua história.
Rebaixado para a segunda divisão paranaense e indo para o quinto ano seguido na Série B do Brasileiro, o clube vê seus torcedores e sócios se afastarem, segundo relatou Rubens Bohlen. Hoje, informou, a agremiação conta com apenas 3 mil associados com suas mensalidades em dia.
“Como vamos manter um clube de futebol desse jeito? Todos os dias vemos dois ou três torcedores cancelando a mensalidade. Esse é o momento que o clube mais precisa da torcida”, reclamou.