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'Bocudos' atrapalham plano do Palmeiras de manter sigilo para não melar reforços

Roberto Frizzo teve de negar a existência de uma proposta por Tardelli, revelada por Roberto Carlos - Piervi Fonseca/AGIF
Roberto Frizzo teve de negar a existência de uma proposta por Tardelli, revelada por Roberto Carlos Imagem: Piervi Fonseca/AGIF

Do UOL Esporte

Em São Paulo

21/12/2011 06h02

”Não falamos sobre negociação. Só quando o jogador tiver assinado contrato”. Essa é a frase padrão adotada por dirigentes do Palmeiras quando o assunto é possíveis reforços.

A cúpula alviverde está cautelosa porque acredita que, quando vazam os nomes dos alvos no mercado, o preço aumenta, concorrentes aparecem e melam o negócio.

Entretanto, os cartolas não contavam com as declarações de quem está fora do clube. O lateral esquerdo Roberto Carlos, por exemplo, revelou uma proposta de 4 milhões de euros (R$ 9,6 milhões) do Palmeiras ao Anzhi Makhachkala, da Rússia, por Diego Tardelli.

“Não falei com ninguém sobre esse atleta. É um jogador interessante, mas nada foi conversado. Se houve alguma conversa do nosso ex-atleta [Roberto Carlos], pode ter sido com o César Sampaio. Não foi discutido nada aqui na minha sala”, declarou o vice-presidente de futebol Roberto Frizzo, em entrevista à Rádio Globo.

Quem também contou estar na mira do Palmeiras foi o meia Elias, do Figueirense. O atleta de 28 anos está ansioso para saber onde atuará em 2012, embora tenha contrato com o time catarinense até 2013. No Sul, o presidente do Grêmio afirmou que Douglas está na mira da equipe de Palestra Itália. Por ora, são dois casos que não evoluíram.

Da Espanha, surgiu o interesse do Atlético de Madri por Luiz Felipe Scolari. Enquanto a assessoria de imprensa do treinador procurou abafar o caso, dizendo que o treinador viaja de férias pelo Brasil e não conversou com ninguém, o ex-zagueiro Luís Pereira, que trabalha na base do Atlético, admitiu uma conversa do clube com o pentacampeão mundial.

“Houve um contato há alguns dias, mas até agora nada foi resolvido. Não sei se é o Felipe, o Simeone, o Juande Ramos ou Benitez”, declarou o ídolo da época da Academia, na década de 1960 e 70, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Há duas semanas, a diretoria adotava sigilo sobre a compra do lateral Juninho, mas José Carlos Brunoro, diretor de futebol do Audax (antigo Pão de Açúcar), revelou detalhes da transação, como os 25% dos direitos econômicos do atleta adquiridos pelo Palmeiras e o contrato por três temporadas.