Base teve pouco peso na conquista do penta e Corinthians promete atenção maior no futuro
Carlos Padeiro
Em São Paulo
25/12/2011 12h00
No Corinthians campeão brasileiro em 2011, apenas um jogador titular surgiu nas categorias de base, o tradicional “terrão”. O goleiro Julio Cesar foi a exceção em meio aos jogadores contratados de outros times, cenário que mostra como os pratas da casa perderam espaço durante a gestão Andrés Sanchez.
O próprio cartola admitiu o enfraquecimento do “terrão”. “Por eu ser oriundo da base, é óbvio que precisava ter dado uma atenção maior”, opinou, recentemente.
O problema é que o antigo CT dos juniores, localizado em Itaquera, foi demolido para a construção do estádio. Os garotos ficaram sem uma casa e passaram a treinar em Guarulhos, numa estrutura precária.
“A mudança de Itaquera foi algo terrível de logística”, explicou Andrés.
A promessa é de que na próxima gestão a base treinará ao lado dos profissionais, nos campos e estádio (para duas mil pessoas) que serão construídos na região do Parque Ecológico do Tietê, ao lado do CT Joaquim Grava, onde trabalha o elenco principal.
“Será a prioridade da próxima gestão. Vamos fazer uma garimpagem grande, porque deixamos a desejar nos últimos anos. Assim que estiver pronto o CT aqui, no prazo de um ano ou no máximo um ano meio, eles vão ficar mais pertos do profissional e obviamente a base será mais forte”, observou o presidente licenciado, que a partir de janeiro assume o cargo de diretor de seleções da CBF.
Nos títulos nacionais anteriores, jovens revelados no Corinthians tiveram destaque. Em 1990, Ronaldo, Marcelo Djian, Marcio Bittencourt e Paulo Sérgio foram fundamentais. Em 1998/99 o time tinha Cris, Gilmar Fubá, Silvinho, Kléber, Edu, o já rodado Dinei, todo do “terrão”. A tradição prosseguiu em 2005, com Coelho, Betão, Rosinei, Edson, Wendel e Bruno Octávio, bicampeões da Copa São Paulo de Juniores.
Em 2011, os pratas da casa acabaram como coadjuvantes e pouco atuaram, casos dos atacantes Taubaté, Elias Oliveira e do goleiro Danilo Fernandes. Julio Cesar foi a exceção.